No debate de hoje frente a Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, transmitido na RTP3, a líder do Bloco de Esquerda destacou o problema das “desigualdades” em Portugal, apontando para os “900 mil trabalhadores em pobreza absoluta”.
Nesse âmbito, Mariana Mortágua defendeu a proposta do Bloco de Esquerda de “taxar os 0,5% mais ricos” que pode render ao Estado “mais de 3 mil milhões de euros”, sublinhando que “há 50 famílias que têm 17% do PIB [Produto Interno Bruto]” e “os 10% mais ricos detêm 60% da riqueza em Portugal”.
Esta última alegação tem fundamento?
De acordo com os últimos números divulgados pela “World Inequality Database“, no ano de 2023, o grupo de 10% das pessoas mais ricas em Portugal concentraram 60,2% da riqueza nacional. Uma ligeira subida em relação a 2022, quando se registou uma percentagem de 60,1% neste indicador.
Quebrou-se assim a tendência de descida que se verificava desde 2017, quando se atingiu um pico de 60,9%. Desde esse ano que a concentração de riqueza nos 10% do topo se mantém acima da fasquia de 60%, resultando assim num selo de “Verdadeiro” para a alegação de Mortágua.
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