Numa publicação de 22 de março no X/Twitter alega-se que um “imigrante muçulmano” foi agredido por populares, depois de ser apanhado a “perseguir meninas” junto a uma escola secundária em Chaves.
“Quando o Estado se demite de defender os seus cidadãos, são estes que têm que defender a comunidade”, sublinha-se no tweet que exibe duas imagens do suposto “imigrante muçulmano” alvo de “justiça popular“.
Nos comentários, há quem felicite aqueles que intervieram para proteger as raparigas e atribua culpas às políticas de imigração do país ao longo dos últimos anos. “Pedófilo asqueroso, quem tem crianças que tenha muito cuidado, a esquerda nojenta infestou o nosso país deste tipo de lixo”, atira um dos intervenientes.
Esta história é verdadeira?
Questionada pelo Polígrafo, a Polícia de Segurança Pública (PSP) informa que o indivíduo suspeito de perseguir alunas à saída de uma escola secundária em Chaves não era um “imigrante muçulmano”, mas sim um português de 32 anos de idade, emigrante em França.
Durante a manhã do dia 22 de março, o suspeito foi abordado e identificado após um alerta de que estaria a interpelar jovens na Avenida Miguel Torga. “Confrontado com os factos, o mesmo justificou-se dizendo que apenas perguntara a uma jovem sobre um autocarro para Boticas, mas que ela teria ficado assustada e fugido“, reporta a PSP.
As agressões ocorreram mais tarde, por volta das 13h30. No entanto, a PSP não encontrou testemunhas da agressão e o indivíduo recusou-se a apresentar queixa.
“No seguimento da ocorrência de agressões, uma jovem de 15 anos relatou que o mesmo homem a abordou de manhã, perto de uma escola, perguntando-lhe a idade, onde morava e elogiando a sua aparência, o que a fez fugir. Ele teria tentado segui-la, sem sucesso”, conclui a PSP.
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Avaliação do Polígrafo:

