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“A pátria não deve nada a ninguém.” Ramalho Eanes rejeitou prémio de 100 mil euros?

Sociedade
O que está em causa?
"Recusei o prémio... A pátria não deve nada a ninguém, não deve nada a nenhum dos seus filhos", terá justificado o general António Ramalho Eanes, antigo Presidente da República, de acordo com várias publicações nas redes sociais. Verdadeiro ou falso?
© Agência Lusa / Fernando Veludo

“Ramalho Eanes rejeita prémio de 100 mil euros”, destaca-se numa publicação de 27 de fevereiro no Facebook, questionando sobre “quantos portugueses abdicariam de um prémio monetário de 100 mil euros?”

“Recusei o prémio… A pátria não deve nada a ninguém, não deve nada a nenhum dos seus filhos”, terá justificado o general António Ramalho Eanes, antigo Presidente da República.

Sublinha-se depois que “rejeitou receber esta quantia a que tinha direito por ser distinguido com o Grande Prémio Ilídio Pinho”.

Esta história é verdadeira?

Sim. No dia 3 de fevereiro, Ramalho Eanes foi distinguido com o Grande Prémio Ilídio Pinho, numa cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Porto.

Ao discursar na cerimónia, além de considerar que “não merecia homenagens”, Ramalho Eanes justificou a sua recusa do valor pecuniário de 100 mil euros associado ao prémio.

“Desde muito cedo vi morrer homens em combate pelo país e com a pátria financeiramente pobre tratava os seus descendentes. Prometi a mim mesmo que nunca receberia mais proventos dos que me eram devidos pela minha atividade”, declarou, em citação reportada pelo “Jornal de Notícias”.

Não é a primeira vez que Ramalho Eanes recusa este tipo de prémios ou até mesmo pagamentos a que tinha direito no âmbito da sua carreira militar – nomeadamente 1,3 milhões de euros em retroativos, tal como o Polígrafo verificou anteriormente.

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Avaliação do Polígrafo:

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