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Joana Vasconcelos criou candeeiro em forma fálica para expor no Parlamento?

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Este artigo tem mais de um ano
O que está em causa?
Está a ser largamente partilhada nas redes sociais uma imagem de um candeeiro de tecto em forma fálica alegadamente feito pela artista plástica Joana Vasconcelos. O objetivo seria expôr a obra de arte na Assembleia da República. Confirma-se?

Escultura de Joana Vasconcelos para o hall da Assembleia da República. A artista contemporânea portuguesa Joana Vasconcelos terminou a nova escultura para o hall da Assembleia da República, intitulada: O GÉNIO PORTUGUÊS”. Foi esta a frase que, aliada a uma fotografia do candeeiro alegadamente criado por Joana Vasconcelos, agitou as redes sociais na última semana.

A suposta obra da artista é um candeeiro de tecto com uma forma fálica, e terá sido criado para expor na Assembleia da República. Nas redes sociais, houve quem brincasse com a situação: “Joana Vasconcelos merece todo o destaque. Será provavelmente uma das poucas mentes em Portugal e no mundo a arquitetar um plano com esta qualidade e subtileza”, comentou um utilizador.

Porém, houve quem duvidasse de que o candeeiro fosse da autoria da artista portuguesa: “Não é da Joana Vasconcelos e é um disparate total ser atribuído à artista”.

Será então esta obra da autoria de Joana Vasconcelos?

Não. A obra de arte foi criada por um artista holandês que dá pelo nome de Hans Van Bentem. A fotografia do candeeiro foi publicada no seu perfil de Instagram no dia 26 de novembro de 2018, data em que o autor se terá apercebido que a cantora Ariana Grande viu e partilhou a sua obra na referida rede social.

Um dos seguidores do artista perguntou quando teria sido concebido o candeeiro, ao que Hans Van Bentem respondeu prontamente: “Este candeeiro fálico foi feito em 2003. O meu primeiro candeeiro (uma caveira) foi feito em 1995.”

Em suma, a informação partilhada nas redes sociais é falsa, na medida em que Joana Vasconcelos não criou o objeto em questão. O autor apropriou-se da fama da artista plástica para propagar desinformação, possivelmente com a intenção de fazer uma piada, que acabou por ser reproduzida em massa como se fosse informação verdadeira.

***

Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebookeste conteúdo é:

Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafoeste conteúdo é:

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