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Chega

Mentiras, insultos e contradições. Quase tudo o que Ventura disse sobre o PSD, ao qual exige agora um acordo de Governo
Após as eleições, o líder do Chega tem insistido todos os dias na exigência de um acordo de Governo com o PSD. O mesmo partido que - segundo disse Ventura antes das eleições - não propõe nada para combater a corrupção, é uma "espécie de prostituta política", nunca baixou o IRC, está repleto de "aldrabões" e "burlões" e "parece a ressurreição daqueles que já morreram". Ventura também disse que Montenegro é um "copião" e "não está bem para liderar a direita". Recuando mais no tempo, prometeu até que o Chega "não fará parte de nenhum Governo que não promova a prisão perpétua". ...
A 23 de janeiro o Polígrafo noticiava que Tomás, filho da "escola pública" e de um pai GNR que dormia num colchão frente ao seu posto, era presença regular em manifestações de professores. O pai nunca foi identificado - e a GNR nunca teve conhecimento da situação -, mas os pais deste jovem são agora mais do que a escola e as forças armadas. Com uma bandeira de Portugal nas mãos, Tomás participou esta tarde numa arruada do Chega em Valongo. ...
Com ou sem gravata laranja, André Ventura foi ontem à noite mais social-democrata que socialista. Em frente ao secretário-geral do PS, o líder do Chega afastou-se das políticas dos Governos em que Pedro Nuno Santos participou e acusou o oponente de várias "tropelias". Pedro Nuno não se ficou: por pelo menos uma vez faltou à verdade para atacar Ventura, mas no campo das mentiras houve ontem um vencedor. ...
Há um PSD antes e depois do Chega: Luís Montenegro tem apalpado um terreno extremamente frágil de modo a não afastar os eleitores do Chega mas também a garantir que estes sabem diferenciar os dois partidos. Num debate quase sempre alimentado por conflitos, a derrota de André Ventura entre comentadores foi unânime. Mas o que se pode dizer em matéria de verdades e mentiras? ...
André Ventura tentou a todo o custo forçar semelhanças entre o Chega e o PCP (acusando os comunistas de não terem, por exemplo, aprovado medidas com as quais concordam), mas Paulo Raimundo preferiu parabenizar-se pela opção. Meia hora depois do início do debate na CNN Portugal, nem Raimundo nem Ventura encontraram pontes. Numa luta de polos políticos, ambos deram prioridade aos ataques. Será que conseguiram escapar à mentira? ...
Frente-a-frente na SIC Notícias, a direita teve dificuldades em encontrar pontos em comum (por mais que Ventura se tenha esforçado) mas até na discórdia houve pouco atrito (por mais que Rocha se tenha esforçado). Houve 'soundbites', houve rasteiras, houve "cama" e houve desconforto. Mas será que houve mentira? O Polígrafo reúne oito afirmações do debate que juntou ontem à noite o liberal Rui Rocha ao recém-nomeado "socialista" André Ventura. ...
Rui Cruz era, até há poucos dias, apenas um desconhecido delegado do Chega. Foi a VI Convenção do partido que lhe trouxe, como a mais ninguém, uma espécie de fama no meio político. É que o "pai e avô" disse ser também "fascista" no discurso que fez este sábado, em Viana do Castelo. Na plateia não houve reação - a expressão foi recebida com naturalidade -, mas será que isso significa que o fascismo tem lugar no Chega? Desde a sua formação, há exemplos que mostram que o partido procura afastar qualquer sombra desta ideologia, nem sempre com sucesso. ...
O líder do Chega publicou nas redes sociais uma notícia falsa com o grafismo da rádio Renascença, prontamente sinalizada pelo Polígrafo. Entretanto, questionado pela Renascença, Ventura não esclareceu qual a origem da publicação e não a apagou. O jornal "Público" queixa-se de uma situação idêntica que, aliás, tem sido recorrente. O Polígrafo compila 10 exemplos recentes. ...
Na segunda parte da entrevista exclusiva ao Polígrafo, André Ventura elogia a franja "montenegrista" do PSD e as suas políticas de imigração. Quanto a esse tema, dá as boas-vindas aos brasileiros (que até entram para o partido), mas torce o nariz aos afegãos. Aos professores recomenda que estejam fisicamente bem preparados... para aplicar sanções de natureza disciplinar. E aos xenófobos deixa um alerta: em vez de se juntarem ao Chega, que se aproximem do PCP. ...
Na primeira parte da entrevista exclusiva ao Polígrafo o líder do Chega recusa o rótulo de mentiroso, mas, confrontado com publicações falsas que fez no Twitter, não as eliminou, mesmo depois de ter assegurado que o faria. Ventura reconhece que a generalidade dos deputados da Assembleia da República ainda o encaram como um "pária" e como um "vendedor da banha da cobra". A esses, deixa um conselho: que falem mais de Deus. ...
Quer fiscalizar os gastos dos portugueses para que o cheque de 125 euros não seja gasto em álcool e drogas, assegurar que os pais não gastam o dinheiro atribuído aos filhos e controlar os desperdícios nos três setores essenciais do Estado: a saúde, a justiça e a administração interna. Os cálculos do seu partido apontam para uma receita extraordinária de 20 mil milhões de euros, que não é confirmado pelos dados oficiais: este é o raio-x do Polígrafo a André Ventura, em entrevista à rádio Observador. ...
O líder do partido Chega, André Ventura, anunciou ontem a intenção de propor que o apoio de 125 euros agendado para este mês (uma das medidas do Governo para compensar os efeitos da inflação) seja também pago durante todos os meses do próximo ano. Mas quanto é que custaria no total? Duas pistas: mais do dobro da receita anual de IRC e não muito distante do orçamento anual do Serviço Nacional de Saúde. ...
Bateu a porta ao PAN em junho de 2020 e, na altura, ainda pouco se ouvia falar de Cristina Rodrigues, senão para lembrar aquilo que a própria esqueceu: o programa do partido. Com uma aposta gigante no Twitter, a deputada não-inscrita parecia ter conquistado, meses depois, franjas feministas, esquerdistas e até grupos LGBT. Escreveu projetos, apresentou iniciativas e garantiu que não voltaria ao PAN. O que não ficou de lado foi a sua entrada no Chega pela janela da assessoria, que é agora confirmada pela própria. O que une uma ex-IRA ao partido de extrema-direita? Em números, 34 propostas. ...
Durante a campanha para as legislativas voltou a circular nas redes sociais um recorte de jornal em que Maria Vieira, mandatária de André Ventura nas presidenciais de 2021 e eleita deputada à Assembleia Municipal de Cascais pelo Chega no mesmo ano, surge ao lado de outras figuras que supostamente votariam na Aliança Povo Unido (APU), coligação que juntava o PCP, o MDP e "Os Verdes". Questionada sobre essa aparente incongruência, a atriz nega ter votado na APU mas recorda que militou no PCP, partido que agora quer extinguir. ...
Quase todos militaram noutros partidos de direita, mas só conseguiram ter sucesso eleitoral no Chega. Escolhidos a olho, próximos do líder, os 11 que acompanham André Ventura não são mais do que megafones do partido, sobretudo nas redes sociais, onde citam constantemente o presidente. Trilharam na sombra o seu caminho até às cadeiras da Assembleia da República, mas quem são e o que pensam os novos deputados "anti-sistema" que vão atrás de António Costa? ...
Quem ganhou (e perdeu) mais em comparação com 2019? A maioria absoluta de António Costa é maior do que a de José Sócrates? Há mais ou menos partidos com representação parlamentar? Rui Rio é o primeiro líder de um dos grandes partidos a perder duas eleições legislativas seguidas? O PSD e o PCP obtiveram os piores resultados de sempre? É a primeira vez que o CDS está fora da Assembleia da República? O Polígrafo responde a estas e várias outras questões, no rescaldo da noite eleitoral. ...
"Mariquinhas", "rei da bazófia", "menino mal preparado", "cata-vento". Foram muitos os insultos de parte a parte, no confronto entre os líderes de dois partidos da direita (CDS-PP e Chega) com idades distantes mas que disputam eleitorado comum. No Polígrafo, mais uma vez, dedicamo-nos à análise das principais alegações do debate, em busca da devida sustentação factual. Quem terá recebido mais vezes o carimbo de "Falso"? ...
Após o tumultuoso debate de ontem que opôs Francisco Rodrigues dos Santos (CDS-PP) a André Ventura (Chega), numa luta entre direitas, correu pelas redes sociais uma frase insólita do dirigente centrista: "Um esquadrão de cavalaria à desfilada na sua cabeça não esbarra numa ideia, André Ventura." A declaração valeu elogios a Rodrigues dos Santos e até foram criados alguns "memes", mas a frase original foi proferida por José Cunha Simões, antigo deputado do CDS que costumava votar várias vezes contra o próprio partido. ...
Na segunda noite de debates entre os líderes dos partidos candidatos às eleições legislativas foi a vez de Rui Rio enfrentar André Ventura. Mais uma vez, que critérios servem para definir o vencedor de um debate? Para alguns, o líder do PSD saiu derrotado por não conseguir demarcar-se de propostas controversas do adversário. Para outros, o líder do Chega foi mais eficaz a mobilizar o seu eleitorado, abordando temas-chave do programa que pretende levar para um Governo de direita. No Polígrafo, como sempre, distingue-se quem é mais fiel à verdade dos factos. Reunimos um total de 14 verificações. ...
Começou a série de debates entre os líderes dos partidos com representação parlamentar e novamente candidatos às eleições legislativas de 30 de janeiro, com destaque para o confronto entre Catarina Martins do Bloco de Esquerda e André Ventura do Chega. Que critérios servem para definir o vencedor de um debate? Para alguns, ganha quem apresentar mais e melhores ideias. Para outros, ganha quem disser frases mais sonantes e captar melhor a atenção dos espectadores/eleitores. No Polígrafo, distingue-se quem é mais fiel à verdade dos factos. ...
A dívida pública e as reservas de ouro na época do Estado Novo, as sondagens falsas do Chega, as condenações de João Rendeiro, as multas aplicadas no âmbito da pandemia, os selos emitidos no Japão em homenagem a navegadores portugueses, o cartão bancário de António Costa, as ruínas do Mosteiro dos Jerónimos, os pró-touradas e os anti-touradas, a defesa de Luís Filipe Vieira no processo "Cartão Vermelho", o salário de André Ventura, as bravatas do "juiz negacionista", entre outros temas que mais captaram a atenção dos nossos leitores. ...
Na segunda parte da entrevista, Paulo Rangel garante que não estabelecerá acordos com o Chega que "perfilha valores contrários ao Estado de direito democrático e ao respeito pelo princípio da igualdade de todas as pessoas". Recusa também a hipótese de um Bloco Central, lembra que o PS nunca viabilizou um Governo minoritário do PSD e projeta a ambição conquistar "uma maioria estável, de preferência absoluta". Mas primeiro tem que vencer as eleições diretas contra Rui Rio, "um homem do sistema" que "está há 40 anos na política". Sem recurso a "caciques", porque "o voto é secreto" e "não está lá ninguém a coagir as pessoas". ...