Uma empresa decidiu enviar e-mails em nome da Comissão Nacional de Eleições (CNE) a remeter para um link onde os funcionários poderiam votar para as legislativas de através da Internet, uma opção que ainda não se encontra disponível em Portugal. O objetivo foi testar a capacidade dos colaboradores de identificar tentativas de phishing.
A informação foi confirmada ao Polígrafo pela CNE, que revelou que foi alertada para a circulação das mensagens e começou a investigar, chegando a reportar a situação ao Centro Nacional de Cibersegurança. Depois de compreender a origem dos e-mails, decidiu emitir um comunicado a denunciar este tipo de práticas devido ao potencial fradulento e à possibilidade de já estarem a circular e-mails semelhantes fora da empresa.
“A Comissão Nacional de Eleições alerta que está a circular um e-mail fraudulento que, de forma ilícita, utiliza a identidade da Comissão, apresentando um endereço de remetente falsificado e disponibilizando um link para votar online. Essa mensagem constitui uma tentativa de fraude, com o objetivo de induzir os eleitores a acederem a referida entidade decidiu alertar os eleitores para não acederem a este tipo de ligações”, informa-se no site da instituição.
A CNE alerta que não existe votação online e que em Portugal, o voto é presencial e exercido diretamente pelo eleitor, nos termos das leis eleitorais, recomendando que não se aceda ao link contido nestes e-mails e que se proceda à sua eliminação imediata.
Caso se aceda a este tipo de links ou se forneça alguma informação, deve reportar-se a ocorrência às autoridades competentes, nomeadamente à Polícia Judiciária e ao Centro Nacional de Cibersegurança.
“A Comissão está a acompanhar esta situação em articulação com as entidades responsáveis pela segurança digital e continuará a adotar todas as medidas necessárias para salvaguardar a integridade do processo eleitoral”, remata.
Nas eleições legislativas, marcadas para o dia 18 de maio, concorrem 21 forças políticas.
