Domingo, 15 de março de 2020. Segundo dia de confinamento domiciliário em Espanha. Natalia Prego Cancelo, que se apresenta como médica de família, envia um áudio sobre o coronavírus com cinco minutos e 47 segundos por Whatsapp para os seus contactos. A mensagem, que dizia coisas como o coronavírus não é mais grave do que uma gripe ou que a população saudável não tem de ser isolada, entre outras falsas afirmações, torna-se viral.

Esta foi a primeira intervenção pública de Natalia Prego durante a pandemia. Menos de três meses depois, a 13 de junho, em Madrid, foi organizada uma manifestação "contra a nova ordem mundial". O médico Ángel Ruiz Valdepeñas participou na manifestação e disse várias falsidades sobre a Covid-19, como "não existe uma pandemia de coronavírus" e, portanto, "nem a máscara nem o distanciamento social fazem sentido". Após essa manifestação, Ruiz Valdepeñas e Natalia Prego fundaram o grupo "Médicos pela verdade", segundo a própria médica.

Sábado, 25 de julho de 2020, os "Médicos pela verdade" apresentam-se em público num evento no Palacio de la Prensa, em Madrid. No encontro participaram Natalia Prego e Maria José Martínez Albarracín, licenciada em Medicina e homeopata, entre outros. Foi um evento marcado por dezenas de afirmações falsas sobre a Covid-19, o uso de máscaras e as vacinas da gripe. As principais figuras e a maioria dos membros públicos da organização promoviam ou praticavam pseudoterapias contrárias às provas científicas já antes da pandemia.

As organizações médicas espanholas reagiram contra este negacionismo com declarações de repúdio, abertura de processos e possíveis sanções contra os profissionais. Alertaram para o facto de os efeitos destes boatos divulgados por pessoas que se apresentam como médicos "poderem ser muito graves para a saúde individual e coletiva" e representarem "desprestígio e perda de confiança na profissão médica" por "acusações sem fundamento contra todos os que não participam das suas abordagens". Além disso, a desinformação com aparência científica está associada a uma maior rejeição à vacinação contra a Covid-19, segundo um estudo publicado na revista Nature Human Behaviour.

Uma organização que começou na Alemanha e se fortaleceu em Espanha

Os negacionistas espanhóis não foram os únicos a comparecer a esta primeira ação de 25 de julho de 2020. Heiko Schöning, cofundador dos "Médicos pela Verdade Alemanha", também esteve presente. O grupo de Schöning é anterior ao fundado por Prego e Ruiz Valdepeñas. No dia 28 de abril de 2020 publicaram o primeiro vídeo e a 7 de maio de 2020, Schöning realizou uma conferência de imprensa em Berlim. Segundo os verificadores de factos alemães do Correctiv.org, membro da International Fact-Checking Network (IFCN), Walter Weber, Marc Fiddike e Olav Müller-Liebenau, outros três médicos de Hamburgo, são cofundadores da organização. Fiddike também exerce homeopatia, uma prática que não está comprovada (além do efeito placebo).

Pelo menos desde julho de 2020, Natalia Prego tem viajado por Espanha e outros países, intervindo em ações e manifestações em que minimiza o impacto da pandemia. Verificámos a realização de uma dessas ações no Hotel Colón Plaza, Valladolid, em 21 de agosto de 2020. O hotel confirmou que o local foi arrendado para a palestra, mas quem arrendou o espaço e por quanto "é um assunto privado".

A 10 de outubro de 2020, Prego participou, em Berlim, na autodenominada Comissão Internacional Extraparlamentar do Comité de Investigação da Covid-19. Retribuía, assim, a visita de Heiko Schöning, em julho.

"Médicos pela Verdade", uma marca registada por Natalia Prego

A 28 de setembro de 2020, Natalia Prego apresentou um pedido de registo da marca "Médicos pela Verdade - Doctors for the Truth" no Instituto Espanhol de Patentes e Marcas. O logotipo consiste em duas mãos azuis a segurar um globo, rodeado por um estetoscópio com um coração vermelho situado na Península Ibérica.

Numa pesquisa feita na Organização Médica Colegial de Espanha, Natalia Prego aparece como médica especialista em Medicina Geral no Colegiado de Pontevedra. Contudo, o Colégio Oficial de Médicos de Pontevedra anunciou, num comunicado de imprensa, o desacordo com as declarações da médica e levou à Comissão Central de Deontologia Médica de Espanha as declarações "alegadamente negacionistas" de Natalia Prego pelo seu impacto a nível nacional.

O Colégio Oficial de Médicos de Pontevedra afirmou, em julho de 2020, que as declarações de Prego sobre a Covid-19 "em caso algum refletem a opinião deste colégio". A instituição acrescenta que "reiterou aos seus membros e à população em geral a necessidade de seguir rigorosamente as recomendações e ordens das autoridades de saúde governamentais, no que diz respeito à situação causada pela pandemia da Covid-19".

Além disso, o Serviço Gallego de Saúde (SERGAS) declarou que não consta "das bases de dados das instituições de saúde do Serviço Gallego de Saúde" nenhum "médico com esse nome ou apelidos como trabalhando ou tendo trabalhado no SERGAS". A clínica privada de Vilagarcia de Arousa, em Pontevedra, na qual Natalia Prego trabalhava, informou publicamente que rescindiu o contrato "imediatamente" após a difusão do primeiro áudio viral com desinformações.

Desde então, Natalia Prego publicou nas suas redes sociais o número de uma conta bancária e uma conta Paypal para "o pagamento de processos, pedidos, investigações em Espanha e no estrangeiro (sic), cooperação com a comissão extraparlamentar com os médicos da Alemanha, deslocações, espaço para publicação de resultados na comunicação social, produção audiovisual e outras despesas para atender às necessidades básicas da vida". A página dos "Médicos pela Verdade" tem também uma conta Paypal para financiar a atividade do grupo. A 16 de julho de 2020 também lançaram uma campanha de crowdfunding na GoFundMe, onde arrecadaram 4149 euros até 4 de maio de 2021.

Os médicos difundem desinformação através das redes sociais e aparições em alguns meios de comunicação. Além do áudio viral distribuído pelo WhatsApp, Natalia Prego tem um canal de Telegram com quase 12 mil seguidores e o de Ruiz Valdepeñas ultrapassa os 1900. As teorias negacionistas são também difundidas através de vídeos publicados no YouTube e no Rumble, outra plataforma que, ao contrário do que o YouTube diz fazer, não apaga vídeos que contenham desinformação sobre a pandemia. Ruiz Valdepeñas também lançou no seu canal Telegram o seu número de conta e PayPal para receber doações de seguidores.

Quem são as faces mais visíveis dos "Médicos pela Verdade"?

O outro cofundador, Ángel Ruiz Valdepeñas Herreros, é médico especialista em Medicina Familiar e Comunitária e trabalhou nas urgências em cuidados primários do Centro de Saúde de Formentera, nas Ilhas Baleares, com um contrato de trabalho a termo incerto "como reforço e para suprir necessidades específicas", como explicou o Serviço de Saúde Balear. Indicou também que foi aberto um processo pelas suas declarações, nas quais aconselhava as pessoas a não utilizar máscara e por fazê-lo com o uniforme do centro de saúde, mas não forneceram quaisquer informações sobre a sua resolução. De acordo com o próprio Ruiz Valdepeñas, foi proibido de exercer medicina nos centros de saúde pública nas Baleares, durante três anos.

Maria Jesús Martínez Albarracín, que em 15 de fevereiro de 2021 anunciou na conta do Facebook que abandonava os "Médicos pela Verdade" "por uma questão de higiene mental", era outro membro do grupo negacionista que mais interveio em ações e palestras. Esclareceu, na época, que deixava as plataformas em que estava devido ao cansaço, embora continuasse a defender a idoneidade dos "Médicos pela Verdade" e dos seus fundadores. Agora continua a fazê-lo, mas a título individual. Esta licenciada em Medicina está reformada e não está inscrita em nenhum Colégio Médico e, embora seja apresentada como catedrática de Processos de Diagnósticos Clínicos, é professora do ensino secundário e não do ensino universitário. Desvinculada já da organização, continua a espalhar desinformação sobre a pandemia nas redes sociais e em diversas ações.

Martinez Albarracín vive na região de Múrcia. Contactámos o Colégio de Médicos dessa província para obter informações e remeteram-nos para um comunicado "sobre as declarações sobre a pandemia, sem provas científicas, lançadas por uma pessoa que se apresenta como médica", cuja identidade não é revelada, mas esclarecem que não está inscrita no Colégio de Múrcia, nem aparece no registo dos colegiados de Espanha.

O Colégio de Médicos de Múrcia salienta que estas declarações "contêm afirmações que não contêm provas científicas sobre a pandemia e que podem gerar medo e alarme social" e "prejudicam a honra das instituições públicas, com a consequente perturbação do equilíbrio público". Anunciou igualmente que comunicou à Procuradoria estas declarações "a fim de proteger os interesses legítimos dos cidadãos e de assegurar a existência de responsabilidades penais, uma vez que a conduta desta pessoa pode constituir crimes como desordem pública, crime de ódio, crime de injúria e/ou calúnias contra instituições públicas e crime contra a saúde pública".

Grupos de Telegram para viajar de toda a Espanha para as manifestações negacionistas

A 20 de março de 2021, realizou-se em Madrid uma "marcha pela liberdade", convocada pela associação negacionista "Polícias pela Liberdade" e apoiada pelos "Médicos pela Verdade". Esta ação realizou-se em cidades por todo o mundo. Apesar de ter sido proibida pela Delegação do Governo em Madrid por razões de saúde pública, mais de 500 pessoas de toda a Espanha organizaram-se através de um grupo do Telegram para partilhar automóveis. Conseguimos confirmar que foi arranjado um autocarro para sair da cidade galega de Vigo.

Este é um exemplo de como nestas plataformas fechadas, como o Telegram (onde não há limites de membros em grupos e alguns superam os 100 mil), são difundidas e organizadas ações negacionistas. Uma vez que as outras redes sociais abertas tomaram medidas contra o negacionismo, o Telegram tornou-se um reduto "sem censura" da desinformação sobre o coronavírus.

O vídeo, publicado no Rumble, em que os "Polícias pela Liberdade" anunciavam que a ação tinha sido proibida, remetia para o chat do Telegram para receber mais informações sobre as "próximas concentrações/marchas". Os próprios cartazes que convocavam a ação remetiam para canais do Telegram, sem referir nenhuma página ou uma rede social aberta.

Relações noutros países, como Peru e Itália

Não foi apenas na Alemanha e em Espanha que surgiram e se organizaram negacionistas da pandemia que se apresentam como médicos. No vídeo de votos de Boas Festas que Natalia Prego publicou no canal do YouTube, aparecem pessoas que dizem estar ligadas à saúde - ou que exercem - em França, Holanda, Suíça, Bélgica, Portugal, Porto Rico, El Salvador, Costa Rica, Itália, Argentina, Costa Rica, Paraguai, Uruguai, Peru, Polónia e Suécia. Todos eles organizados sob a marca "Médicos pela Verdade".

Nesse vídeo, surgem cinco intervenientes do Peru pertencentes aos chamados "Médicos pela Verdade": Lydia Vargas, Julio César Sarmiento, Jackeline Montero, Roxana Cárdenas e Jency Velásquez. O terceiro país com mais representantes no vídeo é a Itália, com quatro membros, país onde o negacionismo está muito ativo. Na verdade, desmentimos as desinformações de outros dois médicos negacionistas que não aparecem no vídeo: Roberto PetrellaPaskale Bacco.

A médica porto-riquenha Sally Priester, que também teve uma conversa com Natalia Prego, publicada no canal Rumble, encontra-se sob investigação pelo Conselho de Licenciamento e Disciplina Médica de Porto Rico que regula e certifica os profissionais de saúde desta ilha, e estado livre associado dos Estados Unidos da América, por negar a evidência da existência da COVID-19. O presidente do Colégio de Médicos Cirurgiões de Porto Rico, o Doutor Victor Ramos, confirmou-o e assegurou que as medidas cautelares a proíbem de continuar a fazer declarações públicas "por estar em violação dos procedimentos éticos". Uma audiência decidirá se será ou não sancionada e que sanção será aplicada. Sally Priester foi pré-candidata a governadora de Porto Rico pelo Partido Nuevo Progresista (PNP), que atualmente governa a ilha.

Na Argentina, o grupo também está ativo e Chequehado, uma organização de verificação de factos do país, desmentiu vários dos seus membros.

As organizações médicas espanholas rejeitam as teses dos "Médicos pela Verdade"

Enquanto as versões negacionistas se disseminaram por vários países, o Conselho Geral de Colégios Oficiais de Médicos de Espanha (CGCOM) começou a reagir. Em agosto de 2020, o órgão que agrupa e representa todas as escolas oficiais de médicos a nível estatal, iniciou as formalidades de abertura de um processo informativo aos "Médicos pela Verdade", caso exista algum comportamento que viole o Código Deontológico. Ao lado da Organização Médica Colegial de Espanha (OMC), o organismo que representa os médicos colegiais de Espanha, a CGCOM publicou em setembro um relatório sobre as teses negacionistas relacionadas com a pandemia da Covid-19.

O documento das organizações médicas espanholas assinala que surgiram grupos liderados por "profissionais médicos que desconhecem e negam a realidade evidente da pandemia Covid-19, criando confusão, alarme social e fazendo com que certos cidadãos, que os ouvem, abandonem as únicas medidas que demonstraram ser eficazes". Essas pessoas "usam qualquer argumento, deturpando relatórios, fazendo referência a estudos obsoletos, em parte ou totalmente falsos, empregando a opinião de falsos especialistas ou relacionando questões que nada têm a ver umas com as outras" para "ganhar adeptos", afirmam a CGCOM e a OMC.

As consequências destas teses negacionistas divulgadas por pessoas que se apresentam como médicos "podem ser muito graves para a saúde individual e coletiva" e, além disso, representam um "desprestígio e perda de confiança na profissão médica" por "acusações sem fundamento contra todos os que não participam nas suas abordagens", salienta o relatório.

Por isso, a OMC e a CGCOM consideram que os Colégios de Médicos "devem agir de forma enérgica contra os médicos" negacionistas "num ato de responsabilidade pela proteção da saúde da sociedade espanhola". A deontologia médica não permite falsificar dados nem práticas inspiradas no "charlatanismo", lembra o documento.

Como a comissão deontológica age perante o negacionismo médico

O presidente da Comissão Central de Deontologia da OMC, Juan José Rodriguez Sendín, explicou que, quando um médico é denunciado, é aberto um processo deontológico por parte do colégio provincial a que pertence que pode conduzir a uma advertência, à suspensão temporário do colégio ou à suspensão definitiva. Mas sublinha que isso seria a consequência de uma falta ao código deontológico, que é de cumprimento obrigatório. Em vez disso, para ser membro do colégio, basta certificar uma formação em Medicina e pagar a taxa do colégio.

Como esclarece Juan José Sendín, as queixas recebidas são avaliadas pelo Conselho de Administração de cada colégio. Se o Conselho considerar que pode haver uma falta ou que há uma denúncia expressa de um paciente ou de outro médico, esta será transferida para a Comissão Provincial Deontológica. Aí, o médico é ouvido durante a investigação e é emitido um relatório final. Com este relatório, o Conselho de Administração decide se abre ou não um processo disciplinar. Se for aberto, terá que nomear dois médicos colegiais para redigir o processo, que volta ao Conselho de Administração para impor a sanção correspondente, explica Rodriguez Sendín. Acrescenta ainda que é um processo que "tem garantias máximas e pode demorar até sete meses. O visado poderá recorrer da decisão se assim o entender".

Sendín esclarece que recebeu o processo enviado pelo Colégio de Médicos de Pontevedra e que, depois de ser avaliado, será devolvido ao Colégio de Médicos e aí será preenchido o processo, que poderá concluir que Natalia Prego não violou o Código de Ética, que receberá uma advertência ou que será temporária ou definitivamente retirada do colégio.

Idas à televisão pelas mãos de um empresário ligado ao Vox

A ideologia ou os interesses políticos que estas pessoas têm para negar a pandemia é uma questão em aberto. Os apoios políticos e mediáticos públicos são atualmente limitados. Contudo, no caso da Espanha, podemos constatar que os membros dos "Médicos pela Verdade Espanha" apareceram em várias ocasiões na televisão espanhola El Toro TV, a antiga Intereconomia, propriedade de Julio Ariza Irigoyen.

Este empresário foi deputado do Partido Popular no Parlamento da Catalunha entre 1992 e 1999. Nas eleições gerais de abril de 2019, voltou a estar nas listas de um partido político, desta vez o Vox, como o último membro da candidatura por Barcelona. O Vox define o seu projeto como "a defesa de Espanha, da família e da vida". No Parlamento Europeu é membro do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus.

Além disso, no seu canal do Telegram, com mais de 42 mil seguidores, reenvia mensagens do canal do Vox. O próprio Ariza entrevistou nos estúdios da Toro TV os autoproclamados "Médicos pela Verdade".

Promovem teorias da conspiração sobre fraude eleitoral em Espanha

A conferência de imprensa onde o grupo foi apresentado e uma outra ação nos salões do Ecocentro, na cidade de Madrid, em janeiro de 2021, teve a participação de Pilar Baselga, conhecida por divulgar teorias da conspiração e negacionistas da pandemia. Além disso, Baselga fundou a Plataforma Eleições Transparentes para denunciar, sem provas, uma alegada fraude eleitoral nas duas eleições gerais que tiveram lugar em Espanha em 2019. No evento de janeiro de 2021, Ángel Ruiz Valdepeñas classificou o Governo espanhol como "ilegal" e "ilegítimo" como "muito acertadamente, a Plataforma Eleições Transparentes denunciou". As máscaras, naturalmente, brilhavam pela sua ausência.

Nessa ação de janeiro de 2021, além de Ruiz Valdepeñas, Prego e Martinez Albarracín, também intervieram o oftalmologista Blanco Lario Elboj e o médico Luis Miguel de Benito. Os negacionistas defenderam o Dióxido de cloro (CDS) e o MMS como tratamento contra a Covid-19 e outras patologias, uma "lixívia gourmet" e suposta solução milagrosa para tudo que não cura nada e é perigosa. Propor o uso de CDS como tratamento contra a Covid-19 é uma tese negacionista, segundo a Organização Médica Colegial. Trata-se de uma substância tóxica e ilegal que também é vendida na Argentina e noutros países da América Latina.
________________________________________

Metodologia: Esta investigação surge a partir do acompanhamento em redes sociais das intervenções dos membros dos "Médicos pela Verdade", nomeadamente do canal Telegram de Natalia Prego e das várias plataformas de vídeos onde publica os seus vídeos. Plataformas como o YouTube removeram parte desses vídeos como "ações contra a desinformação sobre a Covid-19", o que nos impediu de aprofundar a investigação, principalmente dos primeiros dias desse grupo. Também utilizámos os investigadores e os meios de comunicação social para encontrar conferências e ações que realizaram.

A Maldita.es também contactou todos os Colégios Médicos provinciais onde estas pessoas são filiadas para saber se têm processos abertos e a sua conclusão, bem como os sistemas de saúde de cada comunidade autónoma espanhola para saber se exercem no sistema de saúde pública. Além disso, contactámos alguns dos lugares onde deram palestras para saber se pagaram pelo seu uso e quanto.

Esta investigação faz parte de "Los desinformantes", uma série de investigações sobre diferentes atores que espalharam desinformações durante a pandemia, que está a ser realizada pela Latam Chequea, uma rede latino-americana de verificadores de factos coordenada pelo Chequeado, e que conta com as edições das organizações participantes e do jornalista Hugo Alconada Mon.

Assine a Pinóquio

Fique a par dos nossos fact checks mais lidos com a newsletter semanal do Polígrafo.
Subscrever

Receba os nossos alertas

Subscreva as notificações do Polígrafo e receba os nossos fact checks no momento!

Em nome da verdade

Siga o Polígrafo nas redes sociais. Pesquise #jornalpoligrafo para encontrar as nossas publicações.