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Política

Das legislativas mais renhidas de sempre resultou o segundo vencedor com menos votos e recorde de grupos parlamentares
Além do pior resultado das coligações PSD/CDS-PP e do segundo maior abalo do "centrão" em eleições legislativas marcadas pelo maior número de votantes. Destaque também para o Chega que superou o PRD mas ficou abaixo da maior percentagem da APU de Álvaro Cunhal. O Polígrafo esmiúça os resultados finais globais. ...
Após as eleições, o líder do Chega tem insistido todos os dias na exigência de um acordo de Governo com o PSD. O mesmo partido que - segundo disse Ventura antes das eleições - não propõe nada para combater a corrupção, é uma "espécie de prostituta política", nunca baixou o IRC, está repleto de "aldrabões" e "burlões" e "parece a ressurreição daqueles que já morreram". Ventura também disse que Montenegro é um "copião" e "não está bem para liderar a direita". Recuando mais no tempo, prometeu até que o Chega "não fará parte de nenhum Governo que não promova a prisão perpétua". ...
Na véspera de se conhecerem os resultados das escolhas dos portugueses para o próximo Governo, o Polígrafo faz o balanço das mentiras mais inimagináveis e de algumas gafes da campanha. Dos "fantasmas" aos tiroteios imaginários, passando por casos de família ou pelo gato "António" vítima de ataque dos "apanhados do clima", estas são algumas das mentiras que fazem parte do “menu” político destas legislativas. ...
A conclusão resultou de uma pesquisa realizada pela equipa do MediaLab, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e a Empresa (ISCTE-IUL), em parceria com a Agência Lusa. Dois anúncios - um visando o PS, outro o PSD - mostram uma inversão de paradigma num país onde, até agora, não se tinham detetado indícios claros de interferência externa direta em eleições. ...
Em discurso proferido ontem na Madeira, o líder do PS assumiu ter "orgulho" nos últimos oito anos de governação do PS e garantiu ter "resultados para apresentar". Nesse sentido destacou a evolução de nove indicadores desde 2015 e pediu que "sejam testados pelos 'fact-checks'", desde o crescimento económico até ao número de alunos matriculados no ensino universitário, passando pelas taxas de pobreza e desemprego. O Polígrafo aceita o desafio e verifica todos esses dados estatísticos. ...
A 23 de janeiro o Polígrafo noticiava que Tomás, filho da "escola pública" e de um pai GNR que dormia num colchão frente ao seu posto, era presença regular em manifestações de professores. O pai nunca foi identificado - e a GNR nunca teve conhecimento da situação -, mas os pais deste jovem são agora mais do que a escola e as forças armadas. Com uma bandeira de Portugal nas mãos, Tomás participou esta tarde numa arruada do Chega em Valongo. ...
No debate de ontem à noite, transmitido na RTP e com a duração de quase duas horas, houve tempo para tudo: negar as alterações climáticas, apelidar de "civil" a guerra na Ucrânia, falar dos "puns das vacas" e defender o fim de todos - sim, todos - os impostos. Das mesas altas onde se sentaram os dez partidos sem representação parlamentar saíram teorias, conspirações e muitas mentiras. Já os conhecemos: mas o que dizem os candidatos que sonham com um lugar no Parlamento? ...
Aos 70 minutos do debate entre os líderes do PS e do PSD, Luís Montenegro ficou frente-a-frente com um fact-check publicado pelo Polígrafo a 17 de fevereiro com o título "Luís Montenegro: 'Em 2022, o Partido Socialista cortou mil milhões de euros no sistema de pensões'". Pedro Nuno Santos segurou a fotocópia que desmentia o seu oponente durante quase um minuto e Montenegro perdeu a paciência aos 30 segundos. Depois de repetir insistentemente que "fala a verdade", o social-democrata entendeu que devia desmentir o artigo que tinha à sua frente: "Essa informação está errada." Problema: não está. Explicamos porquê já a seguir. ...
No confronto derradeiro e já na reta final para as legislativas de 10 de março, Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro trocaram ontem à noite dezenas de acusações. Ainda se encontrarão no debate de todos os partidos com assento parlamentar, mas já não terão tempo para divagar sobre pensões, sobre o ensino privado, sobre José Sócrates ou sobre Pedro Passos Coelho. Em 20 ideias intercaladas: qual dos dois mentiu mais? ...
Os líderes dos dois maiores partidos em Portugal enfrentam-se esta noite durante 75 minutos: é uma estreia para ambos (eleitos secretário-geral e presidente do PS e PSD, respetivamente, já depois das últimas eleições legislativas), que trazem para o "duelo final" um histórico de enganos, mentiras e imprecisões curiosamente equilibrado. É por isso inglório perguntar quem faltou mais à verdade: quer Luís Montenegro quer Pedro Nuno Santos parecem esforçar-se para manter a balança estável. E o resultado será decidido apenas hoje à noite. ...
Sentados frente-a-frente nos estúdios da CNN, na noite desta quinta-feira, Mariana Mortágua e Rui Rocha protagonizaram até hoje o debate mais "limpo" de mentiras do ano. Nas imprecisões que cometeram, foram-se escudando com conteúdo factual à mistura; e, apesar de se terem corrigido várias vezes, a verdade é que até nos mesmos tópicos ambos conseguiram ter razão. ...
Com ou sem gravata laranja, André Ventura foi ontem à noite mais social-democrata que socialista. Em frente ao secretário-geral do PS, o líder do Chega afastou-se das políticas dos Governos em que Pedro Nuno Santos participou e acusou o oponente de várias "tropelias". Pedro Nuno não se ficou: por pelo menos uma vez faltou à verdade para atacar Ventura, mas no campo das mentiras houve ontem um vencedor. ...
Há um PSD antes e depois do Chega: Luís Montenegro tem apalpado um terreno extremamente frágil de modo a não afastar os eleitores do Chega mas também a garantir que estes sabem diferenciar os dois partidos. Num debate quase sempre alimentado por conflitos, a derrota de André Ventura entre comentadores foi unânime. Mas o que se pode dizer em matéria de verdades e mentiras? ...
André Ventura tentou a todo o custo forçar semelhanças entre o Chega e o PCP (acusando os comunistas de não terem, por exemplo, aprovado medidas com as quais concordam), mas Paulo Raimundo preferiu parabenizar-se pela opção. Meia hora depois do início do debate na CNN Portugal, nem Raimundo nem Ventura encontraram pontes. Numa luta de polos políticos, ambos deram prioridade aos ataques. Será que conseguiram escapar à mentira? ...
Menos amigáveis do que seria de esperar, os líderes do PS e do Livre juntaram-se à mesa dos debates, ontem à noite na RTP3, com a intenção de captar eleitorado oposto. Pedro Nuno Santos quis mostrar ao país que só o seu partido pode executar o que o Livre quer fazer, mas Rui Tavares não deixou passar a mensagem sem alertar para o facto de os socialistas terem chumbado muitas das suas "boas" propostas. No fim de contas, quem é que se terá equivocado mais? ...
Tivesse mais ou menos de 65 anos, as redes sociais estão longe de acreditar que a avó da coordenadora do Bloco de Esquerda possa ter ficado em "sobressalto" com cartas do senhorio fundamentadas pela lei das rendas. Apesar de ter sido Mariana Mortágua a expor a história, ontem à noite no debate frente a Luís Montenegro, o partido recusa agora partilhar mais detalhes sobre a idade da avó da deputada. O Polígrafo reúne as possibilidades, teorias e até erros que motivaram "a mentira da avó". ...
Frente-a-frente na SIC Notícias, a direita teve dificuldades em encontrar pontos em comum (por mais que Ventura se tenha esforçado) mas até na discórdia houve pouco atrito (por mais que Rocha se tenha esforçado). Houve 'soundbites', houve rasteiras, houve "cama" e houve desconforto. Mas será que houve mentira? O Polígrafo reúne oito afirmações do debate que juntou ontem à noite o liberal Rui Rocha ao recém-nomeado "socialista" André Ventura. ...
Não houve ponte que ligasse social-democrata a bloquista na noite de ontem, em debate na TVI, e Mariana Mortágua fez questão de se felicitar pela ocorrência: não se deixou interromper, contrariou por várias vezes o líder do PSD e até garantiu ter esgotado os argumentos da oposição. No final da noite, porém, será que foi a coordenadora do Bloco de Esquerda quem menos caiu em imprecisões? Ou terá Luís Montenegro escolhido mais vezes a verdade? ...