1. Carlos Moedas esteve origem dos “Vistos Gold”?
A Autorização de Residência para Atividade de Investimento constituiu uma iniciativa legislativa, mais propriamente uma alteração ao “regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional”, no sentido de atribuir uma autorização de residência (de um ano, renovável por períodos de dois) a quem fizesse investimentos ou transferências de capitais a partir de determinado montante.
Essa operação era simbolizada pela entrega ao investidor estrangeiro de um “Visto Gold” e coube ao XIX Governo Constitucional, de que fazia parte Carlos Moedas, na altura secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, a iniciativa política dos “Visto Gold”.
Porém, o “pai” desta medida foi o então ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas, que sempre assumiu esse papel, em necessária articulação com o Ministério da Administração Interna, liderado então por Miguel Macedo.
É, portanto, falso que Carlos Moedas tenha estado na origem dos “Visto Gold”, apesar desta alteração legislativa ter sido concretizada pelo Executivo que integrava.
Avaliação do Polígrafo: Falso
2. Carlos Moedas trabalhava na especulação imobiliária com a Goldman Sachs?
De facto, Carlos Moedas trabalhou na Goldman Sachs, sensivelmente entre 2000 e 2004, uma vez que o seu currículo não pormenoriza as datas, mas este “gigante” norte-americano, embora não sem polémica, dedica-se ao setor financeiro.
No entanto, o agora candidato a autarca exerceu mesmo atividade na área imobiliária – necessariamente com a “especulação” referida no post -, na consultora espanhola Aguirre Newman, entre 2004 e 2008, onde desempenhou as funções de administrador-delegado (Portugal) e membro da Comissão Executiva (Espanha).
Portanto, é verdade que Carlos Moedas tem no seu percurso profissional uma passagem de quatro anos pela área imobiliária, embora não na Goldman Sachs.
Avaliação do Polígrafo: Verdadeiro, mas…
