LM: “O desemprego está em níveis históricos”
Não é isso que mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Na verdade, a taxa de desemprego subiu muito significativamente no último trimestre de 2024, aumentando para 6,7% da população ativa. Assim, a população desempregada, que o INE estima em 368,3 mil pessoas, “aumentou 10,1% (33,6 mil) em relação ao trimestre anterior e 2,7% (9,6 mil) relativamente ao trimestre homólogo”.
Mesmo que Luís Montenegro se estivesse a referir à percentagem anual, a taxa de desemprego de 6,4% para 2024 não representa um valor histórico. Em 2022 a taxa foi de 6,2% e em 2000 e 2001, aí sim com valores históricos, só 3,9% da população ativa estava desempregada, o que naturalmente tem também que ver com o facto de entrarem nos cálculos os jovens a partir dos 15 anos.
Avaliação do Polígrafo: Falso
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LM: “(…) e o emprego está em máximos igualmente históricos”
No 4.º trimestre de 2024, segundo o INE, a população empregada (5,15 milhões de pessoas) aumentou 0,2% (7,9 mil) em relação ao trimestre anterior e 1,3% (65,1 mil) relativamente ao trimestre homólogo de 2023. Este é mesmo “o valor mais elevado da série iniciada em 2011”, informa o Instituto, o que confirma as palavras do Primeiro-Ministro.
Avaliação do Polígrafo: Verdadeiro
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LM: “A dívida externa já está abaixo dos 60% do PIB, quando em 2010 era superior a 100%”
Montenegro referiu-se à dívida externa líquida, que está de facto abaixo dos 60% do PIB. Bastante abaixo. No último trimestre de 2024, a dívida externa líquida representava 44,53% do PIB, o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2005. No entanto, é falso que em 2010 este indicador fosse superior a 100%. Dados do Banco de Portugal mostram que, nesse ano, a dívida externa líquida variou entre um mínimo de 83,21% e um máximo de 87,2%, nunca atingindo os 100%. Essa linha só foi ultrapassada em 2012, no terceiro trimestre.
Avaliação do Polígrafo: Falso
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Em democracia, só a moção de confiança de Mário Soares em 1977 foi rejeitada?
Sim. Aconteceu em 1977 com a moção apresentada pelo I Governo Constitucional, com Mário Soares a Primeiro-Ministro e Ramalho Eanes na Presidência da República. PSD, CDS, PCP, UDP e os deputados independentes votam contra e não fizeram frente aos 100 socialistas que votaram, naturalmente, a favor.
Foram 11 no total as moções de confiança apresentadas em democracia, sendo que a última aconteceu em 2013 e foi apresentada por Pedro Passos Coelho, que conseguiu, com a maioria PSD e CDS-PP, que esta fosse aprovada.
Avaliação do Polígrafo: Verdadeiro
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