Num volte face totalmente surpreendente, o Primeiro-Ministro António Costa anunciou, minutos depois do anúncio do pedido de demissão de João Galamba, que não aceita o seu afastamento.

António Costa reuniu esta manhã com João Galamba e, já no final desta tarde, deslocou-se a Belém para comunicar a  Marcelo Rebelo de Sousa a sua decisão. O Presidente da República (PR) queria Galamba exonerado, mas Costa escolheu dar ouvidos à sua "consciência".

Sobre o alegado episódio de violência e a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Costa afirmou não ter que se pronunciar sobre o tema, passando de imediato à defesa do gabinete do seu ministro, que mantém no cargo: "Os membros do gabinete que participaram às autoridades o roubo de um computador com informação classificada não só não cometeram nenhuma infração como cumpriram o seu dever."

"Ao contrário do que tenho ouvido, não houve ordens de qualquer membro do Governo para que qualquer serviço de informação desenvolvesse qualquer ação. Feita a denúncia, o SIS agiu no âmbito das suas competências próprias. Não tenho nenhuma razão para entender que esse serviço agiu à margem da lei. Se o SIS tivesse agido fora do âmbito das suas competências, seria da responsabilidade de quem dirige ou tutela os serviços e nunca de quem reporta uma situação (...) Cumpre-me a mim apresentar as devidas desculpas aos cidadãos, mas, em minha consciência, não posso aceitar este pedido de demissão", concluiu António Costa em declarações aos jornalistas.

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