A mão direita ao peito e depois estendida com a palma aberta num ângulo de 45 graus. É este gesto protagonizado por Elon Musk na cerimónia de tomada de posse de Donald Trump que está a gerar controvérsia nas redes sociais. Alguns internautas associaram de imediato o movimento à saudação nazi, outros à saudação romana – adaptada pelos fascistas italianos e posteriormente pelos alemães nazis, explica o “PolitiFact”.
Tendo sido um aliado próximo de Donald Trump na corrida à Casa Branca, Elon Musk surgiu eufórico e entusiasmado no palco da Capital Grand Arena, onde se encontravam mais de 20 mil apoiantes do republicano, informa o jornal “The Jerusalem Post”. Durante o discurso, o homem mais rico do mundo abordou algumas das expectativas e ambições que tinha face à segunda administração Trump.
“Obrigado por fazerem isto acontecer. O meu coração está convosco e é graças a vocês que o futuro da civilização está assegurado”, disse, enquanto fez, por duas vezes, o gesto polémico.
Elon Musk negou ter feito a saudação nazi e classificou as acusações como “truques sujos”. “Francamente, eles precisam de melhores truques sujos. O ataque de ‘toda a gente é Hitler’ está tão gasto”, escreveu no X.
A Liga Anti-difamação, uma organização não governamental judaica internacional com sede nos Estados Unidos, pronunciou-se sobre a situação, também através do antigo Twitter, descrevendo o gesto “estranho” de Musk como o resultado de um momento de entusiasmo e não como uma saudação nazi.
“É um momento delicado. É um novo dia e, no entanto, muitos estão nervosos. A nossa política está inflamada e as redes sociais só aumentam a ansiedade. Parece que Elon Musk fez um gesto estranho num momento de entusiasmo, não uma saudação nazi, mas, mais uma vez, compreendemos que as pessoas estejam nervosas”, lê-se.