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de Fact-Checking

IFCN lança versão em português do seu “chatbot” para WhatsApp (e o Polígrafo é um dos parceiros)

O sistema já está disponível em mais de 70 países, através de versões em inglês, espanhol e hindi. Agora, a ferramenta que se conecta ao maior banco de dados de fact-checks publicados sobre o novo coronavírus chega ao Brasil e a Portugal numa versão lusófona que dispõe de um menu de navegação numérico, de fácil utilização.

Pelo chatbot da IFCN, utilizadores do WhatsApp podem verificar se informações específicas que receberam sobre a Covid-19 já foram classificadas como “falsas”, “parcialmente falsas”, “enganadoras” ou “sem evidência” por verificadores profissionais. Podem consultar os últimos fact-checks realizados e fazer buscas em arquivo, através de palavras-chave.

Desde janeiro, quase 100 organizações que se dedicam ao fact-checking em todo o mundo já identificaram mais de 8 mil boatos relacionados com o novo coronavírus que circularam em pelo menos 74 países. Todos esses fact-checks integram a base de dados da aliança CoronaVirusFacts, – de que o Polígrafo faz parte – que é atualizada diariamente pela IFCN para que os utilizadores dos chatbots possam navegar e ser bem informados sobre a pandemia. 

IFCN

Na versão em português, os utilizadores do chatbot terão acesso a verificações publicadas por organizações que atuam no Brasil e em Portugal – além do Polígrafo, também o jornal “Observador” colabora no projeto. Também verão sinopses – em português – de fact-checks de interesse internacional que foram publicados por organizações que trabalham em língua espanhola. 

Veja aqui como funciona

O chatbot da IFCN fornece ainda um diretório mundial das organizações que se dedicam ao fact-checking. O sistema identifica o país do utilizador do chatbot através do número do telefone que ele usa para conectar-se à aplicação e, a partir dessa informação, fornece uma lista com o nome e o site das organizações que fazem fact-checking perto dele(a). O utilizador é, então, encorajado a entrar em contacto direto com a entidade e acompanhar o trabalho dos fact-checkers.

Baybars Orsek, diretor da IFCN, afirma que “biliões de utilizadores confiam no WhatsApp para manter contacto com seus amigos e familiares. Como alguns protagonistas utilizam todas as plataformas possíveis para espalhar boatos que desinformam nestes tempos difíceis, o trabalho dos verificadores é mais importante do que nunca”.

O chatbot da IFCN é gratuito. Para interagir com ele, basta gravar o número +1 (727) 291 2606 na agenda de contactos do telefone e enviar a palavra ‘oi’ para iniciar a conversa em português. Outra opção é recorrer diretamente ao seguinte link: https://poy.nu/ifcnchatbotPT.

A versão em português do chatbot é um projeto da IFCN com o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio).

Baybars Orsek, diretor da IFCN, afirma que “biliões de utilizadores confiam no WhatsApp para manter contacto com seus amigos e familiares. Como alguns protagonistas utilizam todas as plataformas possíveis para espalhar boatos que desinformam nestes tempos difíceis, o trabalho dos verificadores é mais importante do que nunca. Desde janeiro, a aliança CoronavirusFacts da IFCN utiliza a capacidade da comunidade de verificadores para ajudar os utilizadores a diferenciar a verdade da ficção, desmascarando falsidades durante a pandemia da Covid-19. O chatbot da IFCN permitirá que os utilizadores pesquisem a confirmação dos factos e se conectem com os verificadores dos seus países a partir dos seus telemóveis. O chatbot também servirá para direcionar as pessoas para o site dos verificadores locais.”

Fernando Esteves, diretor do Polígrafo, sublinha que “este é mais um exemplo do profundo compromisso do Polígrafo com a aposta nas novas tecnologias para levar a verdade aos leitores de forma rápida, simples e credível. Além disso, projetos como este posicionam-nos na vanguarda do jornalismo mundial. Estarmos com os melhores obriga-nos a ser melhores todos os dias. No fim da linha, quem fica a ganhar são os leitores”.

Por seu lado, Ben Supple, diretor de Engajamento Cívico do WhatsApp, explica que “o WhatsApp recentemente concedeu uma bolsa à IFCN para apoiar o trabalho dos seus verificadores em todo o mundo na luta contra a desinformação sobre a Covid-19. Estamos felizes por apoiar o trabalho de verificação da IFCN com o lançamento deste importante serviço para utilizadores do WhatsApp. Existem mais de 40 verificadores de conteúdo que trabalham com a IFCN em todo o mundo que estão a utilizar o WhatsApp Business para apoiar os cidadãos a desacreditar boatos sobre o coronavírus nos seus respectivos países”.

IFCN

É importante sublinhar que o chatbot da IFCN é simplesmente uma maneira de possibilitar aos utilizadores do WhatsApp um contacto direto com os fact-checkers e dar acesso a um banco de dados onde se pode pesquisar boatos sobre o coronavírus. Os verificadores só terão acesso às mensagens enviadas diretamente para eles e não podem ver, monitorizar ou excluir conteúdo no WhatsApp, pois todas as mensagens do WhatsApp são privadas e protegidas com criptografia ponta-a-ponta. Isso significa que apenas o remetente e o destinatário da mensagem podem ver o conteúdo dessa mensagem e mais ninguém – nem mesmo o WhatsApp.

O chatbot da IFCN foi desenvolvido na API de negócios do WhatsApp graças à tecnologia Turn.io, a ferramenta de impacto para o WhatsApp. O Turn apoia as equipas de impacto social a gerir e escalar o suporte personalizado, a partir de conversas fluidas e guiadas com os utilizadores, sem ficarem sobrecarregadas.

Gustav Praekelt, co-fundador da Turn.io, realça que “no melhor cenário, a desinformação pode dificultar o apoio à prevenção da saúde. No pior cenário, pode levar a comportamentos que ampliam a transmissão de doenças. Dado que muitos dos detalhes sobre a Covid-19 são desconhecidos, o desafio é ainda maior, já que especulações podem facilmente viralizar e exceder as informações precisas que temos. Esta iniciativa em colaboração com o WhatsApp e a IFCN fornece um serviço inestimável a países, comunidades e cidadãos em tempo real e em escala, permitindo que eles não apenas verifiquem os factos e questionem as informações, como também desempenhem um papel fundamental na luta contra as informações falsas”.

O chatbot da IFCN foi desenvolvido na API de negócios do WhatsApp graças à tecnologia Turn.io, a ferramenta de impacto para o WhatsApp. O Turn apoia as equipas de impacto social a gerir e escalar o suporte personalizado, a partir de conversas fluidas e guiadas com os utilizadores, sem ficarem sobrecarregadas.

Também Fabro Steibel, diretor do ITS Rio, considera que “tanto a desinformação quanto a informação de qualidade podem circular pelo WhatsApp. A diferença entre as duas depende da credibilidade da fonte e da capacidade das pessoas de buscarem informações mais a fundo sobre um dado facto. O chatbot da IFCN resolve os dois problemas: primeiro, leva as agências de fact-checking para os telemóveis das pessoas, em primeira mão. Segundo, permite que os utilizadores busquem a informação que querem e precisam. O chatbot é mais um dos bons exemplos de como usar a tecnologia a nosso favor, e de como ter robôs que melhoram a qualidade da informação, ainda mais em tempos de pandemia. Não poderíamos estar mais felizes por fazer parte deste projeto”.

Fernando Esteves, diretor do Polígrafo, sublinha que “este é mais um exemplo do profundo compromisso do Polígrafo com a aposta nas novas tecnologias para levar a verdade aos leitores de forma rápida, simples e credível. Além disso, projetos como este posicionam-nos na vanguarda do jornalismo mundial. Estarmos com os melhores obriga-nos a ser melhores todos os dias. No fim da linha, quem fica a ganhar são os leitores”.