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Guia para pais: como evitar que os videojogos se tornem um vício?

Este artigo tem mais de um ano
Organizar programas alternativos para que se divirtam sem recurso aos jogos de vídeo é muito importante.

A utilização de videojogos torna-se preocupante quando uma criança ou jovem altera a sua rotina em função do jogo. Além de passar muitas horas de comando na mão, tende a perder o interesse por todas as actividades e tarefas sejam escolares ou de lazer. Isola-se, perdendo o contacto com os amigos.

Muitos tornam-se agressivos sempre que alguém lhes impõe um uso limitado dos videojogos. Em casos mais graves, descuram a higiene, deixam de dormir e de se alimentar, para ficarem horas seguidas em frente ao ecrã. “Lembro-me de um caso de um universitário que tinha atrofia muscular porque passava horas e horas a jogar, na mesma posição. A situação tornou-se tão grave que deixou de conseguir levantar-se para ir à casa de banho”, conta Graça Vilar, directora de serviços de planeamento e intervenção do SICAD.

O primeiro passo é limitar o tempo que as crianças e adolescentes passam a jogar, diz Pedro Hubert. Um estudo de 2018, publicado na revista  Lancet Child and Adolescent Health, concluiu que as crianças que passam mais de duas horas em frente a um ecrã sofrem alterações na memória, linguagem e atenção. Por isso, como recomenda a Associação Americana de Psicologia, é fundamental promover uma utilização saudáveldestes dispositivos, restringindo também o seu uso 30 minutos antes de dormir. Para evitar que utilizemos o jogo para “passar tempo”, os pais devem sugerir aos filhos programas alternativos que lhes ocupem os tempos livres. Podem ser actividades desportivas ou passeios ao ar livre, por exemplo.

 

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