Faz parte do grupo alargado de pessoas que utilizam provérbios, expressões ou ditados populares para exprimir ideias? Sim? Pois então tem de saber que, caso a People for the Ethical Treatment od Animals (mais conhecida como PETA), consiga impor a sua mais recente iniciativa, expressões como “pegar o touro pelos cornos“, “gato escaldado de água fria tem medo”, “mais vale um pássaro no mão do que dois a voar” ou “matar dois coelhos de uma cajadada” têm os dias contados. isto porque, sublinha a PETA, este tipo de linguagem”trivializa a crueldade dos animais”.
[twitter url=”https://twitter.com/peta/status/1070066047414345729?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.dn.pt%2F1864%2Finterior%2Fa-peta-manda-tirar-o-cavalinho-da-chuva-o-pan-aprova-10291121.html”/]
Desde que a PETA anunciou as suas intenções no Twitter, vários leitores solicitaram ao Polígrafo, via WhatsApp, a confirmação desta informação – e, sobretudo, a verificação sobre se o Partido dos Animais e da Natureza (PAN), liderado por André Silva, concordava com a iniciativa.
O Polígrafo contactou o também deputado e este confirmou a sua simpatia com a ideia: “Concordo que exista liberdade para a criatividade para novas roupagens para frases que sempre utilizamos.” Isto porque, acrescenta André Silva, “as palavras, de facto, importam e havendo liberdade, criatividade e humor não vejo qualquer probema”. O próprio deputado já começou a adequar a sua linguagem, dizendo “em águas de tremoço’; em “em águas de bacalhau”, “muitos anos a virar pimentos“, em vez de “muitos anos a virar frangos” ou “pregar dois pregos de uma só martelada” em vez de “matar dois coelhos de uma cajadada”
Entretanto, as reações à iniciativa não se fizeram esperar. Deixamos-lhe algumas:
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[twitter url=”https://twitter.com/flyboybp/status/1070956487583776768″/]
Nota: o título deste fact-check foi alterado às 23h43 por considerarmos que se coaduna mais com o corpo do texto. A iniciativa de abolir os provérbios de inspiração animal é da PETA; não do PAN. Apesar de o PAN a apoiar, não é ele o promotor. A avaliação mantém-se inalterada.
Avaliação do Polígrafo: