- O que está em causa?No X/Twitter denuncia-se que um vídeo do discurso que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, proferiu recentemente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) terá sido manipulado "para fazer parecer que tinha mais público".

"Os meios de comunicação social ucranianos editaram o discurso de Zelensky na ONU para fazer parecer que tinha mais público. O truque foi apanhado facilmente pelos atentos verificadores internacionais, que notaram que o próprio Zelensky estava na plateia [enquanto discursava]", destaca-se num tweet de 21 de setembro, que viralizou rapidamente.
Na origem da polémica está um vídeo do discurso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Assembleia Geral das Nações Unidas, proferido no dia 19 de setembro. Com ele, uma manipulação alegadamente levada a cabo pela comunicação social ucraniana, para dar a ideia de que a plateia tinha mais pessoas do que na realidade.

Será que o vídeo foi mesmo manipulado? E quem está na origem da manipulação?
Nas imagens do vídeo que está a ser difundido no X/Twitter (e outras redes sociais) confirma-se - exatamente aos 14 segundos de duração - a presença de Zelensky na plateia a ouvir-se a si próprio a discursar.
No entanto, analisando o mesmo discurso divulgado por outras vias, como por exemplo a CBS News, não deparamos com o mesmo erro. Nas imagens da CBS News, de facto, a plateia não está tão preenchida como no vídeo partilhado nas redes sociais.
De acordo com a revista "Forbes", o Governo de Zelensky não emitiu qualquer comentário sobre o que foi realmente transmitido na Ucrânia. Apesar disso, no site oficial da Presidência da Ucrânia, a versão do discurso publicada não mostra quaisquer manipulações.
À revista "Forbes", Amy E. Bonebright, docente no Departamento de Media Digital e Jornalismo da Liberty University, referiu que "muitas contas pró-Rússia retweetaram esta história, proclamando o seu asco pelo apoio ao presidente Zelensky".
Por um lado, confirma-se que o vídeo foi manipulado. (aquele vídeo em específico, difundido nas redes sociais). Por outro lado, não há provas de que tenham sido "os meios de comunicação social ucranianos" a editar as imagens.
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