- O que está em causa?Em publicação no Facebook ironiza-se em torno de um suposto "milagre" da guerra na Ucrânia que terá levado uma população maioritariamente fiel à Igreja Ortodoxa (mais de 67% dos habitantes ucranianos) a celebrar o "Natal cristão" no dia 25 de dezembro.

"O 'milagre' da guerra na Ucrânia... País maioritariamente ortodoxo e estão hoje a festejar o Natal cristão", destaca-se na publicação de 25 de dezembro no Facebook, apontando para o facto de mais de 67% da população ucraniana ser fiel à Igreja Ortodoxa e apenas cerca de 8% à Igreja Católica.

Confirma-se que a Ucrânia, cuja população é maioritariamente ortodoxa, celebrou o Natal no dia 25 de dezembro em vez do tradicional 7 de janeiro?
De facto, os ucranianos este ano puderam escolher em que dia queriam celebrar o Natal, após um ramo da Igreja Ortodoxa da Ucrânia ter anunciado que permitiria que as suas igrejas celebrassem o Natal no dia 25 de dezembro, em vez de 7 de janeiro, como é tradicional nas congregações ortodoxas.
Isto deve-se a uma discussão que se arrasta há anos, mas que ganhou outros contornos este Natal devido à guerra em curso desencadeada pela Rússia.
Em comunicado publicado pela Igreja Ortodoxa da Ucrânia no dia 18 de outubro, e citado pela CNN, justifica-se que a decisão resultou de "numerosos pedidos" e "tendo em conta a discussão que se arrasta há muitos anos na Igreja e na sociedade; prevendo, em particular devido às circunstâncias da guerra, a escalada das disputas de calendário no espaço público".
A decisão foi uma forma de distanciamento em relação à Igreja Ortodoxa Russa e deixou ao critério de cada igreja ortodoxa ucraniana realizar a celebração religiosa em 25 de dezembro ou em 7 de janeiro. No primeiro caso tem-se em conta o nascimento de Jesus de acordo com o calendário gregoriano e no segundo o calendário juliano, aquele que é utilizado pela Igreja Ortodoxa Russa.
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