“Os media escondem, mas a verdade é que continuam a emigrar mais jovens do que no tempo da troika, estamos num bom caminho”, lê-se no post de 31 de março no Facebook, que suscitou dúvidas a vários leitores do Polígrafo.

De acordo com os dados mais recentes, compilados na Pordata, em 2020 registou-se um total de 68.209 emigrantes, dos quais 25.886 permanentes e 42.323 temporários.
Ora, durante o período de assistência financeira da troika (2011-2014), o nível de emigração foi sempre mais elevado, variando entre um mínimo de 100.978 pessoas em 2011 e um máximo de 134.624 pessoas em 2014.

No âmbito dos subgrupos de emigrantes permanentes e temporários, os números referentes ao período da troika também foram sempre mais elevados do que em 2020.
Mas a publicação em análise refere-se aos “jovens“, não indicando a correspondente faixa etária. Se aplicarmos ao conceito de “jovens” a faixa etária até aos 29 anos de idade, em 2020 registou-se um total de 30.061 emigrantes, dos quais 12.584 permanentes e 17.477 temporários.


Mais uma vez, durante o período da troika (2011-2014), o nível de emigração na faixa etária até aos 29 anos de idade foi sempre mais elevado. Em 2012, por exemplo, registou-se um total de 56.962 emigrantes na referida faixa etária.
Em suma, não é verdade que “continuam a emigrar mais jovens do que no tempo da troika“.
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Avaliação do Polígrafo: