- O que está em causa?Numa publicação partilhada nas redes sociais é afirmado que o telhado da igreja de São João Evangelista de Alfange, em Santarém, foi roubado. Será verdade?

A alegação parece insólita: “Telhado de igreja é roubado em Portugal”. Na publicação divulgada na página de Facebook "Observatório Católico" é afirmado que “o telhado da igreja de São João Evangelista, em Alfange, no concelho de Santarém, foi roubado”. É ainda referido que a cobertura em questão “tinha elemento de cobre” e que a polícia está a “investigar o caso”.

Será verdade?
Sim. De facto, o telhado da sala anexa à igreja de São João Evangelista de Alfange foi roubado. O caso foi noticiado pelo semanário regional "O Mirante" e confirmado ao Polígrafo pelo padre Aníbal Vieira, superior da paróquia de Santa Maria de Marvila de Santarém – que inclui, entre outros, o lugar de Alfange.
Não se sabe em que data ocorreu o assalto, mas a falta do telhado foi identificada no primeiro fim de semana de abril pelos habitantes de Alfange. Roubaram “quase a totalidade” da cobertura, conta o pároco, acrescentando que aquele “era o edifício com maior facilidade de acesso”.
“Este assalto tem a ver com o tipo de material de que o telhado é feito, que é uma liga de cobre”, afirma o clérigo. O cobre é um elemento com valor económico que pode ser vendido no mercado negro, o que faz com que os objetos compostos por este material se tornem apetecíveis.
Não se sabe em que data ocorreu o assalto, mas a falta do telhado foi identificada no primeiro fim de semana de abril pelos habitantes de Alfange. Roubaram “quase a totalidade” da cobertura, conta o pároco, acrescentando que aquele “era o edifício com maior facilidade de acesso”.
O caso foi reportado à Diocese de Santarém, que apresentou queixa junto das autoridades. No local estiveram elementos da PSP e da PJ para proceder com a investigação, avança ainda o sacerdote. Até ao momento não foram indicados suspeitos.
A reposição do telhado no edifício está a ser discutida com a Câmara Municipal de Santarém e com a Direção-Geral do Património Cultural, uma vez que a igreja em questão é classificada e faz parte do conjunto histórico da cidade de Santarém. No entanto, o padre Aníbal Vieira recusa a ideia de voltar a pôr material igual ao que estava “porque voltará a ser roubado”.
Segundo "O Mirante", o telhado da igreja tinha sido colocado em 2006, no âmbito de uma intervenção financiada pela Direção-Geral do Património Cultural. Até que se proceda à reparação, a Câmara de Santarém colocou um isolamento provisório de forma a evitar que entre água no edifício.
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Avaliação do Polígrafo:
