“O Parlamento suíço proíbe a burca, véu islâmico e a cobertura facial completa em toda a Suíça”, declara-se num vídeo partilhado na rede social TikTok, que exibe a imagem de duas mulheres com um niqab que lhes deixa visíveis apenas os olhos.
Mas será verdade?
Sim. O primeiro passo nesse sentido foi dado em 2021 com um referendo – aprovado com 51,2% dos votos contra 48,8% – que visava a proibição da burca islâmica, uma peça de vestuário que cobre na íntegra o corpo das mulheres, da cabeça aos pés, niqabs, que deixam apenas a abertura para os olhos, mas também máscaras de esqui e bandanas que são utilizadas em algumas manifestações. O referendo era vinculativo e propunha uma revisão constitucional de modo a proibir em definitivo a cobertura do rosto.
A proposta partiu do Partido do Povo Suíço (SVP), partido de extrema-direita, que, pela voz do presidente do comité que organizou o referendo, Walter Wobmann, defendeu que “na Suíça, a tradição é mostrar a cara”.
Dois anos depois, em setembro de 2023, o Parlamento suíço avançou com a aprovação legislativa final à proibição de coberturas faciais, visando as burcas usadas por mulheres muçulmanas, os niqabs, e qualquer máscara que cobrisse a face.
Quem não cumprir a legislação, que proíbe cobrir o nariz, a boca e os olhos tanto em espaços públicos como em edifícios privados acessíveis ao público, incorre numa infração com multa prevista de mil francos, ou seja, cerca de mil euros.
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