Um utilizador da rede social X partilhou um excerto de uma entrevista da CMTV ao deputado do PSD Miguel Guimarães, a 21 de janeiro deste ano. Neste excerto, quando questionado pelo jornalista sobre se todos os portugueses terão direito a médico de família, o deputado responde de forma afirmativa e aponta um período de seis meses a um ano para alcançar esse objetivo. Diz ainda que, “no próximo inverno, é possível que já todos os portugueses possam ter médico de família e que a estabilidade nos serviços de urgência possa retornar”.
É precisamente com recurso a esta frase que o autor da publicação ataca na descrição: “Chegou o inverno e há mais de um milhão e quinhentos mil utentes sem médico de família (1.537.912). Só caiu no engodo e votou na AD quem quis. Não faltaram sinais. Ele até coçou o olho direito.” Tem razão?
Dados atualizados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) mostram que, de facto, o problema persiste. O Portal da Transparência do SNS atualiza todos os meses os números de utentes sem médico de família atribuído, disponibilizando-os por Unidades Locais de Saúde (ULS). Ao somar os dados relativos ao mês de novembro de todas as ULS, o número total de utentes sem médico de família atribuído é, de facto, 1.537.912. Existem ainda 13.873 utentes sem médico de família por opção.
Assim, classificamos esta afirmação como verdadeira.
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Avaliação do Polígrafo: