O cabeça-de-lista pela Aliança Democrática (AD) às eleições europeias esteve ontem à noite na CNN Portugal, onde afirmou sem dúvidas que António Costa não seria o melhor candidato para a presidência do Conselho Europeu. “E não tem a ver com o facto de ser de outra família política. Tem a ver com a circunstância que atravessa”, justificou.
Sebastião Bugalho lembrou ainda que “o próprio ex-Primeiro-Ministro disse que não assumiria cargos públicos enquanto a sua situação judicial não estivesse esclarecida” e que Mario Draghi seria mais indicado. Ainda assim, optou por destacar que, enquanto eurodeputado, não poderá combater nenhuma das candidaturas uma vez que o cargo não vai a votos no Parlamento Europeu. É verdade?
Sim. O Conselho Europeu, atualmente presidido pelo belga Charles Michel, “define as orientações e prioridades políticas da UE” e é uma instituição que agrega os 27 Estados-membros da União Europeia, cada um deles representado pelos seus chefes de Estado ou de Governo. Estes dirigentes “reúnem-se pelo menos quatro vezes por ano, geralmente em março, junho, outubro e dezembro”, segundo pode ler-se na página “online” desta entidade, sediada m Bruxelas.
O presidente é assim eleito por maioria qualificada no Conselho Europeu (55% dos países da UE e 65% da população total da UE) para um mandato de dois anos e meio renovável uma vez. Charles Michel, eleito em 2019, já está no seu segundo mandato, que termina em dezembro deste ano. É nessa altura que Costa pode mesmo ser escolhido para seguir para a Europa.
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