O líder do Iniciativa Liberal (IL) esteve esta terça-feira na SIC Notícias em antecipação às eleições de 18 de maio. Rui Rocha garantiu que os pensionistas são uma prioridade para os liberais e assegurou que vai cumprir como ninguém a fórmula de cálculo do aumento das pensões, já que esta incorpora o crescimento económico, um dos pilares do partido.
“A IL é a melhor opção para os pensionistas terem um aumento sustentado das pensões, porque vamos ter políticas viradas para o crescimento económico (…) da mesma maneira que nós queremos que as pensões atuais cresçam, é preciso garantir que quem está hoje no mercado de trabalho chega ao momento de se reformar e não tem uma queda abrupta do seu rendimento. Aquilo que está estimado é que quem tem hoje 30 e poucos anos de idade, quando chegar à reforma, perderá praticamente 60% do seu rendimento face ao último salário”, disse. Tem razão?
Sim. Segundo o cálculo de analistas da Comissão Europeia sobre os sistemas de pensão de velhice, em 2060, ou seja, daqui a 35 anos, a pensão dos portugueses deverá passar para um valor médio equivalente a 40,1% do último ordenado. Assim, a reforma média desce significativamente do patamar de 69,4% do último salário em que estava no ano de 2022.
Em 2050, daqui a 25 anos, o valor é ainda mais crítico: prevê-se uma reforma média de 38,5% do último salário. Já em 2070, esta percentagem deverá rondar os 38,9%. Contas feitas, é verdade que alguém com “30 e poucos anos de idade” hoje, que se deverá reformar perto dos 70 anos, pode perder praticamente 60% do seu rendimento face ao último salário recebido (já que só receberá 40% desse valor). Na prática, um último salário de 1.500 euros pode resultar numa pensão de 601,5 euros. No entanto, importa notar que estas estimativas só devem verificar-se se não houver qualquer mudança no Sistema da Segurança Social.
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