Em dezembro de 2024, o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto falou ao DN sobre uma possível disponibilidade para regressar à vida política ativa. A resposta era clara: “O meu estado de espírito neste momento, e no que prevejo para o futuro próximo, é não ter grande vontade de voltar a ocupar qualquer cargo político. O mundo dá muitas voltas, mas, sinceramente, é esse o meu estado de espírito. Não podem ficar zangados comigo por isso. Já dei muitos anos à política.”
Nem seis meses depois, Rui Rio não deu motivos para qualquer tipo de zanga, uma vez que já está de volta à verdadeira vida política. Na altura, sobre a ainda incerta candidatura do Almirante Gouveia e Melo à Presidência da Republica, Rio afirmou não ter reservas (por se tratar de um militar): “Sinceramente, acho normal.” Agora, vai ser o mandatário de Gouveia e Melo nessa mesma candidatura.
É o próprio Rio que admite que, “de certa forma”, está mesmo de regresso ao mundo político. Ou pelo menos “até janeiro”, como disse aos jornalistas no sábado, à saída do Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
A justificação para esta mudança de ideias está no discurso que o social-democrata protagonizou no Porto, em que referiu que não é o seu objetivo “voltar aos palcos principais da política nacional”, mas qur “a instável conjuntura externa” a “complexa situação económica e social” do país e a “degradação acentuada que a própria qualidade da democracia tem sofrido” foram os motivos para regressar, pelo menos temporariamente, à política.
_________________________
Avaliação do Polígrafo:
