A três jornadas do termo da I Liga, Bruno Lage e Rui Borges seguem colados na liderança da prova (75 pontos). Ambos chegaram com a competição já em andamento e melhoraram a classificação das respetivas equipas.
Bruno Lage foi contratado após a 4.ª jornada, depois de um empate do Benfica em Moreira de Cónegos e de um arranque de campeonato com 5 pontos perdidos em 4 jogos. Quando substituiu Roger Schmidt, a 5 de setembro, os encarnados estavam em 7.º a 5 pontos do líder Sporting, a 3 do FC Porto e a 1 do Sp. Braga.
Rui Borges rendeu João Pereira (que já tinha sucedido a Ruben Amorim, quando este trocou Alvalade por Manchester) a 26 de dezembro, nas vésperas da 16.ª jornada, que contemplava um sempre importante Sporting-Benfica. Chegado de Guimarães (que orientou durante 15 jornadas), encontrou os leões em 2.º lugar (a par do FC Porto) a 1 ponto do líder Benfica (até então, a única jornada da prova em que estava atrás do rival). Sucedia a João Pereira que, em 4 partidas para a I Liga, venceu uma, empatou outra e perdeu duas (4 pontos em 12 possíveis). Nestes 16 jogos, ainda não perdeu, triunfou por 11 vezes, mas já empatou 5 (10 pontos perdidos).
Com este ponto de partida, Lage e Borges melhoraram a classificação das suas equipas. Relativamente à performance, Lage também o conseguiu, já Borges depende da dimensão do ciclo de comparação.
O treinador do Benfica subiu a eficácia pontual de 41,67% para 83,95%, colocou o Benfica a par do líder (mesma pontuação), recuperando 5 pontos de atraso. Regista, ainda assim, 2 empates (AVS fora e Arouca em casa) e três derrotas (Sporting fora, Sp. Braga na Luz e Casa Pia fora), curiosamente num ciclo de 4 jogos.
Já o técnico do Sporting apresenta uma diminuição da eficácia pontual face ao período anterior total (de 82,22% para 79,17%), mas este dado é enganador, visto que se deve ao acerto de alguém (Ruben Amorim) que já tinha saído do comando técnico dos leões em novembro. Estes são os números dos três treinadores do Sporting desta temporada: Amorim 100% de aproveitamento, Pereira 33,33% e Borges 79,17%.
Bruno Lage
Jogos | 27 |
Vitórias | 22 |
Empates | 2 |
Derrotas | 3 |
Pontos | 68 |
Eficácia | 83,95% |
Golos | 75-22 |
Média | 2.78-0.81 |
Antes | Agora | |
Lugar | 7.º | 2.º |
Distância do líder | 5 pontos | 0 pontos |
Rui Borges
Jogos | 16 |
Vitórias | 11 |
Empates | 5 |
Derrotas | 0 |
Pontos | 38 |
Eficácia | 79,17% |
Golos | 40-15 |
Média | 2.5-0.94 |
Antes | Agora | |
Lugar | 2.º | 1.º |
Distância do líder | 1 ponto | 0 pontos |
Ponderados todos os dados – e sendo certo que Bruno Lage e Rui Borges melhoraram as suas equipas na comparação com o momento em que as encontraram –, o facto é que a prestação do treinador do Benfica é superior à do Sporting: mais pontos recuperados, mais lugares ascendidos da tabela, maior eficácia pontual e melhor diferença de golos.
Assim, apesar de ser o treinador da equipa que lidera o campeonato (em igualdade pontual com o Benfica) e mesmo não tendo derrotas pelos leões (face às 3 de Bruno Lage), é falso que o desempenho de Rui Borges seja melhor do que o de Bruno Lage no comando dos dois competidores pelo título de campeão nacional 2024/25.
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Avaliação do Polígrafo: