“Isso do contra-ataque e expetativa… nós vamos olhar para as duas equipas e o Benfica nos últimos jogos tem ganho quase sempre em contra-ataque e ataque rápido. A malta às vezes fala no Sporting, mas se olharmos para o adversário também tem feito muitos golos ou a maioria dos golos em transições.”
Esta foi a resposta de Rui Borges quando questionado se o Sporting poderia jogar em contra-ataque no Estádio da Luz, atendendo à obrigatoriedade de vitória para o Benfica (contrariamente ao que sucede com os leões) e à maior exposição ao risco que daí advem para as águias.
De facto, Sporting e Benfica têm marcado diversos golos em contra-ataque (agora designado transições) ou ataques rápidos ainda que desenvolvidos com a defesa contrária posicionada (conforme classificou Rui Borges).
O Polígrafo analisou os golos que permitiram as últimas quatro vitórias dos encarnados para a I Liga, contra FC Porto, V. Guimarães, AVS e Estoril (pelo meio, houve um empate com o Arouca e os dois jogos das meias-finais da Taça de Portugal).
Nessas quatro vitórias, os encarnados marcaram 15 golos: 5 em transição clara; 9 em ataque posicional (4 na sequência de livre, 3 na decorrência de cantos e 2 em ataque organizado) e 1 em ataque rápido que pode ser incluído na tipologia estabelecida pelo treinador do Sporting (o de Carreras em Guimarães).
| Jogo/golo | Marcador | Tipo de jogada |
| FC Porto-Benfica (0-1) | Pavlidis | Ataque organizado |
| FC Porto-Benfica (0-2) | Pavlidis | Canto |
| FC Porto-Benfica (0-3) | Pavlidis | Ataque organizado |
| FC Porto-Benfica (1-4) | Otamendi | Sequência de livre |
| V. Guimarães-Benfica (0-1) | Pavlidis | Transição |
| V. Guimarães-Benfica (0-2) | Carreras | Ataque rápido |
| V. Guimarães-Benfica (0-3) | Pavlidis | Sequência de livre |
| Benfica-AVS (1-0) | Tomás Araújo | Canto |
| Benfica-AVS (2-0) | Pavlidis | Canto |
| Benfica-AVS (3-0) | Amdouni | Transição |
| Benfica-AVS (4-0) | Aktürkoğlu | Transição |
| Benfica-AVS (5-0) | Belotti | Transição |
| Benfica-AVS (6-0) | Otamendi | Sequência de livre |
| Estoril-Benfica (0-1) | Aursnes | Transição |
| Estoril-Benfica (0-2) | Otamendi | Sequência de livre |
Nas últimas quatro vitórias, os golos que desbloquearam os jogos estão divididos de forma igual entre ataque posicional e transição:
| Jogo/golo | Marcador | Tipo de jogada |
| FC Porto-Benfica (0-1) | Pavlidis | Ataque organizado |
| V. Guimarães-Benfica (0-1) | Pavlidis | Transição |
| Benfica-AVS (1-0) | Tomás Araújo | Canto |
| Estoril-Benfica (0-1) | Aursnes | Transição |
Desta forma, é falso dizer que o Benfica marcou a maioria dos golos das suas últimas vitórias na I Liga em transições. Nos derradeiros 4 desafios que ganhou para a I Liga, os encarnados apontaram dessa forma apenas 6 do total de 15 golos (e 2 dos 4 golos que desbloquearam os jogos).
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Avaliação do Polígrafo:
