"Ah, e tal... as sanções prejudicam mais o Ocidente do que a Rússia. Eles até se riem. Vejam o rublo, como se tem valorizado. Estão cada vez mais ricos, a vender gás e petróleo à Índia e à China", ironiza publicação de 15 de agosto, difundida no Facebook a par com um gráfico ilustrativo do valor do rublo entre 2019 e 2023.

rublo

Será verdade que o rublo caiu para os valores mais baixos dos últimos 17 meses, como mostra o gráfico?

Sim. Apesar das sucessivas quedas, de ter atingido um mínimo histórico em fevereiro de 2022 e de ter recuperado todos esses valores a meio do ano passado, o rublo está em queda.

De acordo com a "American Press" (AP), o rublo russo atingiu na última segunda-feira, 15 de agosto, o valor mais baixo desde as primeiras semanas da guerra na Ucrânia, à medida que Moscovo aumenta os gastos militares e as sanções ocidentais pesam sobre suas exportações de energia.

Esta queda significativa levou o banco central russo a anunciar uma reunião de emergência de forma a rever as taxas de juros e aumentar a probabilidade de um aumento nos custos de empréstimos que apoiaria a subida da moeda. "A moeda russa passou a custar, para um dólar, 101 rublos, atingindo o nível mais baixo em quase 17 meses. O rublo recuperou ligeiramente após o anúncio do banco central", escreveu a AP.

Exemplo dessa recuperação são as análises dos modelos macro globais da "TradingEconomics" que mostram que o rublo russo já se fortaleceu (taxa de câmbio de 94 rublos para um dólar norte-americano), tendo recuperado da baixa recorde de 17 meses".

"O rublo permanece 30% abaixo da alta deste ano, considerando os desequilíbrios comerciais, uma fuga de capital da saída de empresas estrangeiras e a subida dos gastos do Governo. As cadeias de supressão mais fortes desde o início das sanções impulsionaram as importações, com o último superávit comercial a afundar em 75% em relação ao ano anterior e 53% em relação aos níveis anteriores à guerra. Enquanto isso, as perspectivas sobre as exportações de energia deterioram-se à medida que a demanda dos principais parceiros na China e na Índia diminui", lê-se na análise do portal.

___________________________________

Avaliação do Polígrafo:

Assine a Pinóquio

Fique a par dos nossos fact checks mais lidos com a newsletter semanal do Polígrafo.
Subscrever

Receba os nossos alertas

Subscreva as notificações do Polígrafo e receba os nossos fact checks no momento!

Em nome da verdade

Siga o Polígrafo nas redes sociais. Pesquise #jornalpoligrafo para encontrar as nossas publicações.