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Ronaldo disse que queria acabar a carreira “ao mais alto nível, com dignidade” e por isso rejeitava EUA ou Médio Oriente?

Desporto
Este artigo tem mais de um ano
O que está em causa?
Cristiano Ronaldo foi apresentado no Al-Nassr, da Arábia Saudita. Com quase 38 anos, certamente será um dos seus últimos contratos como futebolista. Mas o que pensava o jogador que conquistou cinco ligas dos campeões quando, há sete anos, lhe perguntaram sobre a hipótese de terminar a carreira naquelas latitudes?

“Na minha mente, quero acabar a carreira ao mais alto nível, com dignidade, num grande clube. Isto não significa que considere que ir para os Estados Unidos, Qatar ou Dubai não seja bom, mas eu não me vejo ali”.

O vídeo com esta frase tornou-se viral nos últimos dias, desde que foi oficialmente confirmada a contratação de Cristiano Ronaldo pelo Al-Nassr. E corresponde mesmo à verdade, não há qualquer tipo de falsificação de conteúdo.

Em novembro de 2015, então com 30 anos, no programa”The Jonathan Ross Show”, do canal inglês ITV, Cristiano Ronaldo foi questionado sobre o seu final de carreira e em que tipo de clubes ou ligas tal poderia ocorrer, afirmando peremtoriamente que não pretendia acabar nos Estados Unidos ou no Médio Oriente.

Tornou-se viral no Facebook um alegado discurso proferido por Didier Deschamps, treinador da seleção francesa de futebol. "Que Cristiano já não esteja no Mundial e Messi sim, não significa que Messi seja melhor que Cristiano", lê-se na publicação de 17 de dezembro, véspera da final do campeonato disputado no Qatar entre França e a Argentina. Há registo destas declarações?

Ronaldo saíria do Real Madrid no final da época 2017/18, depois do clube espanhol recusar-se a aumentar o seu salário. Seguiram-se três temporadas na Juventus e pouco mais de uma no Manchester United (de 2021/22 a novembro de 2022). No dia 3 de janeiro foi apresentado no Al-Nassr, da Arábia Saudita. Os valores apontados para o contrato (salário e direitos comerciais) rondam os 200 milhões de euros por época.

Recorde-se que os donos do clube (família real saudita) são também os proprietários do Newcastle, de Inglaterra, correndo insistentemente a informação (não confirmada) de que o ainda número 7 da seleção nacional poderá regressar à Premier League já este Verão.

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Avaliação do Polígrafo:

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