Ao confrontar Miguel Costa Matos, deputado do PS, com a “falácia” da medida socialista do IRS Jovem, Rita Matias lembrou ontem à noite no “Now” que o “universo de jovens que consegue beneficiar do IRS Jovem é muito curto”.
Porquê? “Porque a maioria dos jovens vive no chamado mínimo de existência, ou seja, ganham tão pouco que não têm qualquer tipo de capacidade de descontar IRS”, atirou a deputada do Chega argumentando que a medida não tem qualquer impacto na vida dos jovens.
Confirma-se?
Sim. Os dados fazem parte de um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, “Os Jovens em Portugal, Hoje”, que parte de um inquérito a 2,2 milhões de jovens entre os 15 e os 34 anos, residentes em Portugal, para traçar o perfil desta faixa etária em Portugal.
Uma das conclusões é de que 9% dos jovens portugueses ganhavam em 2021 até 413 euros de rendimento líquido, 14% entre 414 euros e 600 euros e, a fatia maior, 30% ganhava entre 601 euros e 767 euros. Tudo somado, 53% dos jovens ganhavam até 767 euros nesse ano.
Apesar de estes serem os dados mais recentes, houve um aumento do salário mínimo de 2021 até 2024 e, consequentemente, do mínimo de existência. Em 2021 o salário mínimo situava-se nos 665 euros brutos, sendo o mínimo de existência de 9.310 euros (665 euros x 14 meses), um valor que subiu para 820 euros este ano de salário mínimo e 11.480 euros anuais de mínimo de existência (820 euros x 14 meses).
Ainda assim, tendo em conta que os últimos dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos se referem aos rendimentos líquidos, o Polígrafo confirma a veracidade desta declaração.
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Avaliação do Polígrafo: