“Última hora/ Raid anti-terrorista em Lisboa”. Assim se introduz uma publicação de 22 de agosto no X/Twitter, avançando com uma “informação confidencial” que seria passível de ser confirmada junto da “GNR [Guarda Nacional Republicana] de Lisboa”.
“Em Braço de Prata, em Lisboa, junto ao quartel da GNR, há uns prédios devolutos. Fizeram lá uma operação [policial], estavam lá metidos uns 30 argelinos e o pior é que estavam cheios de bombas artesanais, obviamente chamaram as minas e armadilhas. Isto foi hoje de manhã, foi um aparato do caraças e na comunicação social zero”, alega-se no mesmo tweet que já acumula centenas de interações.
O autor da denúncia considerou ainda que, apesar da gravidade de um caso desta natureza – supostamente verdadeiro -, “a comunicação social vai ficar calada, ainda por cima quando o Chega quer fazer um referendo da imigração”.
Mas será que esta operação policial aconteceu mesmo?
Não. Em resposta ao Polígrafo, fonte oficial da GNR – que na publicação analisada é referida como a entidade que seria capaz de confirmar esta informação – apontou que “a situação em causa refere-se à área de atuação da Polícia de Segurança Pública (PSP)”, sugerindo que “as questões sejam dirigidas a esta polícia”. Isto depois de, no dia anterior, a mesma GNR ter informado “não ter conhecimento, formal ou informalmente, desse tipo de ocorrência”.
Por sua vez, a PSP garantiu ao Polígrafo não ter conhecimento “de qualquer operação em Braço de Prata”, nem de “qualquer ocorrência naquele local para a qual a PSP tenha sido chamada”. O que leva a concluir que se trata de “uma notícia falsa“.
De forma a dissipar quaisquer dúvidas, o Polígrafo contactou também a Polícia Judiciária (PJ). Em resposta, fonte oficial da PJ assegurou que a tese difundida nas redes sociais “não tem fundamento”, pois não obteve qualquer tipo de informação que confirmasse que a situação ocorreu.
Sendo que “Braço de Prata é zona [de atuação] da PSP, se tivesse sido detetada alguma situação relacionada com engenhos explosivos” teria chegado ao conhecimento da PJ, explicou a mesma fonte.
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Avaliação do Polígrafo: