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Publicação que localiza os “50 radares SINCRO” nas estradas portuguesas está correta?

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Este artigo tem mais de um ano
O que está em causa?
"Tenha atenção ao pé pesado no acelerador nos locais que aqui lhe indicamos para não ficar com a carteira mais leve", alertam os autores da publicação, com a suposta localização dos "50 radares SINCRO" instalados nas estradas portuguesas.

Este conteúdo foi denunciado como sendo falso ou enganador por vários utilizadores do Facebook. Confirma-se?

Em primeiro lugar, importa esclarecer que o SINCRO é a sigla de Sistema Nacional de Controlo de Velocidade. Este, segundo esclareceu a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) ao Polígrafo, “é um sistema telemático de deteção automática da infração por excesso de velocidade, através da recolha e registo dos respetivos elementos de prova (fotografia do veículo com matrícula, local, data/hora, velocidade, etc.)”, o qual tem localizações específicas.

De acordo com a mesma fonte, a escolha destas localizações prendeu-se com critérios relativos “à sinistralidade, ao tipo de sinistralidade e distribuição das velocidades e ainda à potencial gravidade dos acidentes”.

A rede é constituída por 56 locais de controlo de velocidades e não por 50 como indica a publicação em análise – em falta estão radares instalados na A20, EN118 e ER125.

A maior parte dos números de quilómetros indicados está correta. A falha da publicação é não indicar se a localização destes é no sentido crescente ou decrescente. Ou seja, se é a partir do primeiro quilómetro ou do último quilómetro da estrada em análise.

Como tal, o Polígrafo disponibiliza uma tabela com os dados detalhados (a estrada, o sentido, bem como os quilómetros e metros a que os radares se localizam).

Concluindo, a informação divulgada pela publicação em análise é verdadeira. Importa contudo realçar que esta não indica o sentido dos quilómetros, um dado importante para que se possa fazer uma interpretação correta.

***

Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebookeste conteúdo é:

Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafoeste conteúdo é:

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