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PS e AD conseguiram vencer nas freguesias dos ex-líderes?

Política
Este artigo tem mais de um ano
O que está em causa?
Apesar de não serem ainda conhecidos os resultados dos círculos dentro e fora da Europa, a pouca distância do PS a AD sai vitoriosa da noite eleitoral de ontem. Com todas as freguesias fechadas, será que os partidos conseguiram uma vitória nas terras dos ex-líderes?

De Massamá a Benfica, passando por Alvalade, pela Ericeira, subindo à Figueira da Foz ou descendo a Boliqueime, são estas as freguesias que estão ligadas a antigos líderes do PS e do PSD (que fazem parte da coligação Aliança Democrática, a vencedora da noite eleitoral).

Com os votos das freguesias todos contados (ficam a faltar apenas os dos emigrantes), como se saíram os dois maiores partidos nas terras onde residem os ex-líderes políticos?

Começando pelo PS, António Costa votou ontem de manhã na freguesia de Benfica, em Lisboa, onde a vitória foi dos socialistas com 30,6% (7.048 votos). Mas o mesmo não se pode dizer de outras freguesias onde residem antigos líderes do PS.

José Sócrates, por exemplo, vive desde 2018 na Ericeira, mas o grande vencedor nesta freguesia foi a AD, com 30,47% (2.065 votos), uma mudança face a 2022, quando o PS tinha ganho na terra do ex-Primeiro-Ministro.

Já em Alvalade, onde Mário Soares foi freguês, a vitória foi também à direita, que conseguiu 39% (8.789 votos), uma percentagem superior à conseguida pelo PSD (sozinho) nas últimas eleições, 32,1% (6.696 votos).

Quanto a ex-líderes da AD, o cenário é mais ou menos semelhante. Por exemplo, na freguesia de Aníbal Cavaco Silva, Boliqueime, em Loulé, a vitória não foi nem do PSD nem do PS. Ganhou o Chega com 30,19% (763 votos), substituindo o PS que ganhou em 2022.

Já na Figueira da Foz, onde Pedro Santana Lopes é Presidente da Câmara, a vitória foi socialista com 31,3% (10.870 votos). Por fim, Pedro Passos Coelho, o último Primeiro-Ministro à direita, também não consegue ter na sua freguesia a vitória da AD. Nestas eleições, tal como nas anteriores, o PS ganhou à direita ao atingir 31,5% (8.416 votos), ainda que tenha perdido um número considerável de votos face a 2022 quando arrecadou 45,3% (10.971 votos).

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Avaliação do Polígrafo:

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