A ironia – “Com jeitinho subimos ao pódio” – surge numa publicação feita no dia 26 de abril no Facebook, onde se destaca que Portugal chegou ao 8.º lugar na lista de países com a “maior carga fiscal sobre o trabalho nos países da OCDE”.
É verdade?
Sim. A informação é confirmada pelo relatório divulgado no dia 25 de abril pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em que se destacam como países com maior carga fiscal sobre o trabalho em 2023 a Bélgica, a Alemanha, a Áustria, a França, a Itália, a Finlândia, a Eslovénia e, em oitava posição, Portugal, que é seguido pela República Checa e Luxemburgo.
Portugal atinge os 42,3% de carga fiscal para um trabalhador solteiro, ultrapassando a média na OCDE que, para um trabalhador solteiro que ganha o salário médio, se situa nos 34,8%.
O país subiu uma posição ao aumentar em 0,2 pontos percentuais a carga fiscal sobre o trabalho (em 2022, em nono lugar, Portugal registava 42,1% de taxa fiscal). Já no que diz respeito à carga fiscal de um trabalhador casado com dois dependentes, o país passou de 11.º a 12.º lugar com 32,3% contrastando com a carga fiscal média de 25,7% da OCDE
O relatório destaca ainda que a carga fiscal média para um trabalhador solteiro aumentou em cinco pontos percentuais, de 37,3% para 42,3% entre 2000 e 2023, sendo que, no mesmo período, o aumento da carga fiscal média da OCDE foi de 1,4 pontos percentuais.
O indicador engloba impostos sobre o rendimento e contribuições para a segurança social tanto dos trabalhadores como das empresas, sem incluir os benefícios. Este é o quinto ano consecutivo em que o país mantém a trajetória de subida na carga fiscal sobre o trabalho entre as 38 economias do grupo.
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