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O que está em causa?Numa publicação no Facebook crítica do denominado "Portugal socialista, 50 anos após abril", destaca-se que "somos o terceiro país da Europa com mais emprego precário". Verdadeiro ou falso?
"No Portugal socialista, 50 anos após Abril, somos o terceiro país da Europa com mais emprego precário", salienta-se num post de 6 de setembro no Facebook, remetido ao Polígrafo para verificação de factos.
Esta alegação tem sustentação factual?
De acordo com os últimos dados do Eurostat, no âmbito do indicador sobre "trabalhadores temporários em percentagem do número total de trabalhadores", Portugal registou a terceira maior percentagem - 17,2% - no primeiro trimestre de 2023, entre os 27 Estados-membros da União Europeia.
Acima de Portugal, com percentagens superiores de trabalhadores temporários, apenas a Espanha (17,3%) e, na liderança da tabela, os Países Baixos (27,8%).
No extremo oposto da tabela, com as menores percentagens de trabalhadores temporários, sobressaem os três "países bálticos": Lituânia (1,5%), Letónia (2,1%) e Estónia (2,2%). Da Roménia ainda não há dados referentes ao primeiro trimestre de 2023.
A categoria de trabalhadores temporários abrange várias formas de trabalho precário, desde o tempo parcial até ao contrato a termo, entre outros. Estes dados correspondem à faixa etária entre os 15 e os 64 anos de idade.
No final de 2022, Portugal já estava na terceira posição, superado apenas pelos Países Baixos e Espanha.
A faixa etária que mais contribui para a elevada percentagem de trabalhadores temporários em Portugal é a correspondente a 15-29 anos de idade, excluindo todos os indivíduos que estão a estudar.
Nessa faixa etária, Portugal registou percentagens de 45,4% no último trimestre de 2022 e de 43,3% no primeiro trimestre de 2023. Apenas os Países Baixos, em toda a União Europeia, registam percentagens acima de 50% nessa faixa etária.
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Avaliação do Polígrafo:
