- O que está em causa?Publicação no Facebook destaca Portugal como o país da União Europeia (UE) que suporta mais encargos com Parcerias Público-Privadas (PPP). Respondendo a pedidos de verificação, o Polígrafo analisa os últimos dados do Eurostat e constata que esses encargos atingem o nível de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

"Maioria com auto-estradas. Para isto há dinheiro: Portugal é o país da União Europeia com mais encargos com PPP [Parcerias Público-Privadas]", realça-se num post de 31 de janeiro no Facebook, sinalizado para verificação de factos pelo Polígrafo.
Esta alegação tem fundamento?

Nesse mesmo dia, o Eurostat - serviço de estatística da União Europeia - divulgou os últimos dados sobre passivos relacionados com PPP. E, de facto, Portugal lidera a tabela de países da União Europeia que suporta mais encargos com PPP, ao nível de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.
"Em 2021, os passivos relacionados com Parcerias Público-Privadas desequilibradas (PPP, contratos de construção de longo prazo em que os ativos são registados fora das contas do Governo) estavam nos ou abaixo dos 2% do PIB em todos os países da União Europeia", informou o Eurostat.
A maior proporção registou-se em Portugal, com 2% do PIB, seguindo-se a Eslováquia (1,5%) e a Hungria (0,9%).
"Tanto em Portugal como na Eslováquia, os passivos estão relacionados principalmente com projetos de auto-estradas. Em muitos países da União Europeia, as PPP desequilibradas foram observadas ao nível do Governo central. Apenas em alguns países, como na Espanha e na Bélgica, estas estavam igualmente relacionadas com os Governos locais", detalhou.
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Avaliação do Polígrafo:
