“Mia Khalifa perdeu os rendimentos dos seus vídeos no PornHub“, destaca-se num vídeo (em forma de notícia) que está a ser partilhado viralmente nas redes sociais. De acordo com o texto difundido nesse vídeo (que ostenta o logótipo da MSNBC, mas não tem origem nem qualquer relação com essa reputada estação de televisão norte-americana, segundo apurou o Polígrafo), a plataforma “PornHub” (especializada em vídeos pornográficos) terá congelado os rendimentos que resultam dos vídeos protagonizados por Mia Khalifa.
Aliás, terá até canalizado esses rendimentos para ajudar o Estado de Israel, através de donativos. Motivo? A posição assumida pela ex-atriz de filmes pornográficos sobre a guerra em curso entre Isreal e o Hamas. Em várias publicações sublinha-se que “Khalifa apoia o Hamas” e terá sido essa a causa da suspensão dos pagamentos pela “PornHub”.
Mas será que esta história tem algum fundamento?
O vídeo e demais publicações surgem num determinado contexto: ao longo dos últimos dias, a ex-atriz, de nacionalidade libanesa, publicou uma série de mensagens no X/Twitter sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
“Se olharmos para a situação na Palestina e não estivermos do lado dos palestinianos, então estamos do lado errado do apartheid e a história mostrá-lo-á a seu tempo”, defendeu num dos tweets em causa, a 7 de outubro.
Um outro tweet de Khalifa, publicado no dia seguinte, causou ainda maior polémica nas redes sociais. “Só quero ter a certeza de que existirão imagens em 4K do meu povo a partir as paredes da prisão ao ar livre em que foram forçados a sair das suas casas, para que tenhamos boas opções para os livros de história, ilustrando como eles se libertaram do apartheid“, escreveu.
Estas opiniões expressas por Khalifa já tiveram efeitos diretos na sua carreira profissional: a revista “Playboy” cancelou um contrato que mantinha com a ex-atriz libanesa e eliminou o seu canal na “plataforma de criadores” da marca, de acordo com uma mensagem enviada aos utilizadores em que se repudiavam as posições de Khalifa sobre a guerra, descritas como “repugnantes e condenáveis“.
No entanto, o mesmo não se aplica à “PornHub”. Contactada pelo Polígrafo, fonte oficial da plataforma garantiu que “não é verdade” que os rendimentos de Khalifa tenham sido suspensos ou redirecionados para o Estado de Israel.
Mais, a “PornHub” assegura que não houve quaisquer retaliações contra Khalifa por causa das suas opiniões sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
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Avaliação do Polígrafo:
