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Piloto da Lufthansa foi despedido por se recusar a lançar “chemtrails” durante os voos?

Internacional
O que está em causa?
A companhia aérea alemã já teve que pagar "centenas de milhões de dólares em multas contratuais para Governos secretos do mundo", destaca-se no vídeo de uma suposta reportagem televisiva que está a ser partilhada viralmente nas redes sociais.
© Shutterstock

“Para quem continua dormindo para a realidade e acha que é teoria da conspiração. Piloto da Lufthansa despedido por recusar-se a espalhar chemtrails, está agora a processar a companhia aérea”, destaca-se num post de 3 de outubro no Facebook, concluindo da seguinte forma: “O sistema é seu inimigo.”

Exibe um vídeo do que parece ser uma reportagem televisiva emitida na Alemanha, na qual se dá conta do processo movido pelo suposto piloto contra a empresa que o despediu. Terá mesmo apresentado um recurso “no Tribunal de Nuremberga”.

Além de uma entrevista com o piloto, na reportagem também surge um “especialista” a dizer que a companhia aérea alemã já teve que pagar “centenas de milhões de dólares em multas contratuais para Governos secretos do mundo“.

Os chemtrails estão na base de uma das teorias de conspiração mais difundidas nas redes sociais. Alega-se que os rastros deixados nos céus por aeronaves serão deliberadamente pulverizados, para efeitos de engenharia climatérica ou ataque biológico contra as populações.

Esta história do piloto da Lufthansa é apenas um dos mais recentes subcapítulos dessa teoria de conspiração e não tem qualquer fundamento.

O vídeo em causa tem origem na página do “Der Postillon” no YouTube, tendo sido publicado no dia 30 de setembro de 2024. Ora, o “Der Postillon” é um site alemão de cariz satírico.

Esta história do “experiente piloto Christoph W” que “foi despedido sem aviso prévio por não acionar o interruptor para a pulverização de chemtrails“, durante um voo entre Frankfurt e Barcelona, é simplesmente inventada.

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Avaliação do Polígrafo:

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