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Pedro Nuno Santos: “Nós nunca dissemos que iríamos chumbar o Orçamento do Estado”

Política
O que está em causa?
Na entrevista de ontem à noite na SIC, o líder do PS sublinhou que nunca disse que iria chumbar o Orçamento do Estado para 2025, em contraste com uma moção de confiança do Governo sobre a qual avisou que votaria sempre contra.

Na entrevista desta segunda-feira à SIC Notícias, em véspera de votação da moção de confiança apresentada pelo Governo, Pedro Nuno Santos sublinhou – no que respeita à votação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) – , que o partido não disse de antemão que iria chumbar a proposta do Governo, ao contrário de uma moção de confiança sobre a qual avisou que votaria sempre contra.

“Nós nunca dissemos que iríamos chumbar o Orçamento”, afirmou o líder do PS. Confirma-se?

Ainda que a posição do PS tenha oscilado ao longo do tempo, confirma-se que nunca anunciou um voto contra o Orçamento do Estado para 2025. E acabou mesmo por se abster.

A posição mais extremada do partido foi manifestada a 19 de março de 2024, poucos dias depois das eleições. Depois de ter reunido com Marcelo Rebelo de Sousa, o secretário-geral do PS referiu que seria “praticamente impossível” viabilizar o OE2025. “Não podemos pedir ao PS que seja o garante de um Governo com o qual discorda”, sublinhou Pedro Nuno Santos, citado pelo jornal “Diário de Notícias“.

Ao longo do tempo, a posição do PS foi suavizando. A 3 de julho do mesmo ano, em entrevista à RTP, já admitia a possibilidade de “o viabilizar”, sublinhando que o PS não prescindiria de “ter uma palavra significativa” nas políticas que integrassem o OE.

Os meses foram passando e o PS foi reiterando a possibilidade de viabilizar o OE2025, sem se comprometer com certezas. Voltou a acontecer, por exemplo, a 6 de setembro, em declarações de Pedro Nuno Santos aos jornalistas na Feira de São Mateus, em Viseu, transmitidas pela RTP3.

É portanto verdade que o PS nunca disse que chumbaria o Orçamento do Estado para 2025. Pedro Nuno Santos chegou a referir que a viabilização do documento era “praticamente impossível”, mas nunca deixou cair o advérbio de modo e a posição do partido foi-se atenuando até à abstenção na votação.

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