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Pedro Nuno Santos: “Em 2024 foram mais de 400 despedimentos coletivos e mais de 5.500 trabalhadores despedidos”

Política
O que está em causa?
O secretário-geral do PS afirmou, durante o debate quinzenal desta tarde, que a "vaga de despedimentos coletivos" em Portugal já se concretizou em mais de 400 despedimentos coletivos. Confirma-se?
© Tiago Petinga/Lusa

Durante o primeiro debate quinzenal de 2025, o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, numa das suas primeiras intervenções, afirmou que Portugal tem assistido, nos últimos meses, a “uma vaga de despedimentos coletivos” que estão a “assolar o nosso país”.

“Em 2024 foram mais de 400 despedimentos coletivos, mais de 5.500 trabalhadores despedidos”, referiu o socialista. Mas será que estes números se confirmam?

De acordo com o relatório de evolução mensal de despedimentos coletivos de Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), relativo ao mês de novembro de 2024 (o de dezembro ainda não foi publicado), foram comunicados 444 despedimentos coletivos nos primeiros 11 meses do ano. Destes, 437 foram concluídos até ao 30 de novembro.

Os 444 despedimentos coletivos comunicados corresponderão, de acordo com a DGERT, a um total de 5.725 trabalhadores despedidos. Os concluídos levaram ao despedimento efetivo de 5.403 trabalhadores.

Analisando os dados da DGERT de 2023, é possível verificar que os números de 2024 representam um aumento quer no número de despedimentos coletivos, quer no número de trabalhadores despedidos. Aliás, a contabilização dos primeiros onze meses de 2024 excede, mesmo sem serem conhecidos os dados de dezembro, os números de 2023. 

No ano passado foram comunicados, no total, 431 despedimentos coletivos, 372 dos quais foram concluídos. Menos 13 e menos 65, respetivamente, do que nos primeiros onze meses de 2024. No final de dezembro de 2023 tinham sido concluídos os despedimentos de 3.622 trabalhadores, menos 1.781 do que o que aconteceu em 2024 até novembro.

Durante os anos de governação socialista, apenas em 2020 – ano fortemente marcado pela pandemia – foram comunicados mais despedimentos coletivos num ano, do que nos primeiros 11 meses de 2024 (698).

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Avaliação do Polígrafo:

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