“O Partido Socialista, como sabem, é a maior força política autárquica do país. Somos o partido que de longe governa mais autarquias em Portugal”, afirmou Pedro Nuno Santos na ceia de reis do PS, em Ponte da Barca, evento durante o qual foram apresentados os candidatos socialistas às Câmaras Municipais do distrito de Viana do Castelo.
“Governamos mais autarquias em Portugal porque nós governamos as autarquias melhor do que eles. E é por isso que nós, eleição após eleição, ganhamos mais Câmaras Municipais”, continuou. “Não se governa a maioria por acaso, governa-se a maioria porque o povo quer.”
Mas será que é mesmo assim? Analisámos os números desde a viragem do século.
Em 2001, ano do “pântano” que levou à demissão de António Guterres, o PS conseguiu 113 Câmaras Municipais, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
De acordo com os dados da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), em 2005 o PS perdeu Câmaras, ficando-se pelas 109. Mas entre estas eleições e as de 2017, as autarquias conquistadas só aumentaram.
Em 2009, foram 132. Em 2013, o PS conseguiu 149 em nome próprio e uma em coligação com o BE, PND, MPT, PTP e PAN no Funchal. Por fim, em 2017, o PS conseguiu 159 autarquias e duas em coligação: com o Livre, em Felgueiras, e com o BE, PDR, JPP e Nós, Cidadãos no Funchal.
Nas últimas autárquicas, em 2021, no entanto, os socialistas voltaram a perder força. Conseguiram 148 Câmaras em nome próprio e uma, em Felgueiras, em coligação com o Livre.
Sendo assim, a afirmação de Pedro Nuno Santos é falsa. Até porque desde 2001 o aumentou o número de Câmaras em três eleições (2009, 2013, 2017), mas perdeu autarquias em duas (2005 e 2017) – inclusivamente nas mais recentes.
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Avaliação do Polígrafo
