O deputado do Chega afirmou em direto na CNN Portugal, ontem à noite, que Hugo Montenegro, o filho do Primeiro-Ministro, criou uma empresa de produção de alimentos à base de insetos, em maio de 2024, e que menos de um mês depois o Governo “liberalizou” o mercado de negócio. “A transparência nunca foi o forte dos socialistas, mas este caso ultrapassa todos os limites”, escreveu Pedro Frazão, que se esqueceu de confirmar que a empresa “VitaX” nunca existiu e que o “Pacto Social” em que se baseia faz parte de um trabalho académico, como de resto se pode verificar pelo facto de a suposta morada da empresa ser fictícia.
Com um capital social de 40 mil euros, as quotas de 10 mil euros estão distribuídas por quatro pessoas, entre as quais Hugo Montenegro, filho do Primeiro-Ministro, que é sócio-gerente. A sociedade tem a sua sede em Rua Molitor 711, 4100-367, União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, concelho do Porto, que… não existe.
O link onde consta este “Pacto Social” está alojado no domínio “linktr.ee”, que pertence à plataforma com o mesmo nome. No entanto, é o subdomínio “ugc.production” que denuncia o caso, já que este link específico está relacionado com conteúdo gerado por utilizadores (User Generated Content) e que, à partida, não seria utilizado para a publicação de documentos oficiais de uma empresa.
Uma pesquisa pelo nome desta sociedade de quatro estudantes apresenta um total de zero resultados, já que a empresa de “produção, desenvolvimento, industrialização, comercialização e distribuição de alimentos à base de proteína de insetos” nunca foi registada.
Hugo Montenegro já esclareceu, no Instagram, que o projeto de Universidade em que este documento foi criado se inseriu na cadeira “Projeto Final – Plano de Negócios”.
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