Reeleito secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo afirmou, durante o Congresso do partido, a decorrer este fim-de-semana em Almada, que as “cinco pessoas mais ricas do mundo duplicaram a sua riqueza desde 2020”.
“Estes são tempos de desinformação, de notícias falsas e mentiras. De manipulação e censura promovidas à escala global. Ignorar esta ofensiva seria não apenas ingénuo mas perigoso para a luta que travamos. Uma ofensiva que ocorre no mundo com rápidos e preocupantes desenvolvimentos onde o capitalismo revela toda a sua natureza exploradora, opressora agressiva e predadora. O capitalismo que permite que as cinco pessoas mais ricas do mundo tenham duplicado a sua riqueza desde 2020 é o mesmo que condena centenas de milhões de seres humanos à miséria à fome à doença ou à falta da água potável”, disse o comunista. Será verdade?
Sim. Um estudo da Oxfam, organização não governamental britânica, publicado a 15 de janeiro de 2024, mostra que “os cinco homens mais ricos do mundo mais do que dobraram suas fortunas” desde o primeiro ano de Pandemia de Covid-19. Paasaram de 405 mil milhões de dólares americanos para 869 mil milhões de dólares americanos – “a uma taxa de 14 milhões de dólares por hora”. Falamos de Elon Musk, Bernard Arnault, Jeff Bezos, Larry Ellison e Mark Zuckerberg.
Tudo isto “enquanto quase cinco mil milhões de pessoas se tornaram mais pobres“. Segundo o relatório da Oxfam sobre desigualdade e poder corporativo global, “se as tendências atuais continuarem, o mundo terá o seu primeiro trilionário dentro de uma década, mas a pobreza não será erradicada por mais 229 anos”.
A publicação do documento, “Inequality Inc.“, coincidiu com a abertura do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça. “Estamos a testemunhar o início de uma década de divisão, com milhões de pessoas a ter que lidar com o choque económico de pandemia, inflação e guerra, enquanto as fortunas dos bilionários crescem. Esta desigualdade não é por acaso; a classe bilionária está a garantir que as corporações lhes entregam mais riqueza às custas de todos os outros”, afirmou Amitabh Behar, diretor executivo interino da Oxfam International.
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