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Paulo Cafôfo: “O crescimento económico [na Madeira] não é acompanhado, infelizmente, pela subida dos salários”

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O que está em causa?
De acordo com dados do INE e da DREM, enquanto o PIB da Madeira aumentou cerca de 65% entre 2015 e 2023, a remuneração mensal média aumentou apenas 38%.

No último debate antes das eleições regionais do próximo domingo, transmitido pela RTP-Madeira esta quinta-feira, 13 de março, Paulo Cafôfo sublinhou, em relação à situação económica na região, que se fala muito sobre “crescimento económico”, mas que tal não se tem refletido em melhorias no poder de compra dos cidadãos madeirenses.

“Falamos muito em crescimento económico e em recordes do PIB, mas a realidade é que o crescimento económico não é acompanhado, infelizmente, pela subida dos salários”, começou por referir o cabeça-de-lista do PS às eleições regionais. “Aquilo que queríamos é que o crescimento económico significasse mais dinheiro no bolso das pessoas.”

Mas será que o candidato socialista tem razão quando afirma que “o crescimento económico não é acompanhado (…) pela subida dos salários”?

Os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados em dezembro de 2024 (os mais recentes), o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Autónoma da Madeira em 2023 era de 6.988,6 milhões de euros.

Como verificou o Polígrafo anteriormente, desde 2015, quando o PIB da região se situava nos 4.237,1 milhões de euros, até 2023, o crescimento deste indicador foi de cerca de 65%.

Ora, de acordo com a Direção Regional de Estatística da Madeira, em dezembro de 2023 a remuneração mensal média por trabalhador era de 1.609 euros. No mês homólogo de 2015, o valor era de 1.165 euros. Ou seja, verificou-se um aumento de cerca de 38% nas remunerações mensais médias dos trabalhadores.

Confirma-se, portanto, que apesar do crescimento que se verifica ao nível da remuneração mensal média, esta não é em ordem que acompanhe o crescimento económico na região. O PIB cresceu 65% entre 2015 e 2023, mas o valor médio da remuneração mensal apenas ascendeu 38%.

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Avaliação do Polígrafo:

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