"Gatos do Exército da Ucrânia são treinados para detectar e indicar a localização dos pontos de laser dos snipers russos. Este é o Mikael, 'A Pantera de Kharkiv' que por si só expôs a localização de quatro snipers, resultando nas suas mortes", lê-se no tweet de 27 de fevereiro que lançou esta história viral, com milhares de partilhas nessa e outras redes sociais, do Facebook ao Instagram, passando pelo Reddit.

No entanto, o facto é que esta história sobre a "Pantera de Kharkiv" é completamente inventada, como o próprio autor do tweet original já reconheceu entretanto em mais recentes publicações.

Para dissipar quaisquer dúvidas que pudessem subsistir, a AFP questionou Liam Collins, um antigo diretor do Modern War Institute (centro de investigação da Academia Militar dos EUA), que desempenhou as funções de conselheiro de Defesa para a Ucrânia entre 2016 e 2018, que classificou a alegação de que o Exército ucraniano utiliza gatos para detectar atiradores inimigos como um "lixo completo".

"Não consigo imaginar um gato a ser treinado para seguir as tropas e esperar pelos lasers", afirmou Collins.

E concluiu: "Um verdadeiro franco-atirador não vai revelar a sua posição. Acho que é possível que alguém tenha um apontador visível na espingarda, mas simplesmente não consigo imaginar porque é que alguém faria isso. E depois o que é que o gato vai fazer? Correr pela sala a perseguir o laser como um brinquedo? Como é que isso é útil para o soldado?"

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