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Os “primeiros bebés do ano” em Portugal são “brasileiro, paquistanês e senegalês”?

Sociedade
O que está em causa?
"Extinção da portugalidade a prazo", alerta-se em publicação no Facebook, indicando que "dos nascidos em Portugal, o primeiro é brasileiro, o segundo paquistanês e o terceiro é senegalês". Verdade ou mentira?
© Shutterstock

O nascimento do primeiro bebé do ano novo em Portugal, na madrugada de 1 de janeiro, tem sido uma efeméride registada – ano após ano – pelos órgãos de comunicação social e 2025 não foi uma exceção. Nas redes sociais, entretanto, questiona-se se esse bebé seria realmente português, arrastando também esta efeméride para o debate sobre a imigração que tem estado no centro das atenções políticas e mediáticas.

Há mesmo que alerte para a “extinção da portugalidade“, na medida em que “o primeiro bebé do ano português nasceu na Suíça, o segundo na França e o terceiro na Alemanha. Dos nascidos em Portugal, o primeiro é brasileiro, o segundo paquistanês e o terceiro é senegalês”.

Com origem num post de 12 de janeiro no Facebook, partilhado por centenas de pessoas, esta alegação tem fundamento?

Não. O primeiro bebé do ano de 2025 em Portugal é um menino que se chama Guilherme Miguel, nasceu com 2,7 quilos e é o primeiro filho de um casal que vive no concelho da Meda, distrito da Guarda.

“Nasceu à meia-noite em ponto”, informou prontamente a Unidade de Saúde Local da Guarda.

O jornal “Correio da Manhã” destacou outros primeiros bebés do ano de 2025 em vários distritos de Portugal, quase todos de pais portugueses e com nomes portugueses.

Com algumas exceções a notar: em Portimão, o primeiro bebé é filho de uma mãe suíça e um pai britânico; em Coimbra, a primeira bebé é de um casal de ucranianos.

Não há qualquer referência a bebés paquistaneses ou senegaleses. Quanto a brasileiros, parece ser a nacionalidade (ou naturalidade, informação não confirmada) da mãe do primeiro bebé do ano em Vila Franca de Xira.

Em suma, a publicação em causa no Facebook está a difundir falsidades.

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Avaliação do Polígrafo:

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