As casas de apostas anunciavam uma derrota quase garantida, mas a banda madeirense Napa conseguiu colocar a bandeira portuguesa no leque de países com lugar garantido na final do Festival Eurovisão da Canção, que decorre este sábado, 17 de maio, em Basileia, na Suíça.
A canção “Deslocado”, que lhes garantiu a vitória no Festival da Canção e a qualificação para a final do eurofestival fala, como explicou a banda à “Blitz”, sobre o “sentimento de ser deslocado, de ter um oceano de distância até casa”. Um sentimento familiar a um grupo formado por cinco músicos madeirenses.
Mas serão eles os primeiros artistas naturais da Madeira a pisar o palco do Festival da Eurovisão?
Não. Aconteceu também em 2008, há 13 anos, quando Portugal foi representado na Eurovisão por Vânia Fernandes e a canção “Senhora do Mar”. A cantora natural do Funchal, na ilha da Madeira, conseguiu o 2.º lugar na semi-final, qualificando-se para a grande final, onde terminou no 13.º lugar.
Ainda que, normalmente, uma vitória no Festival da Canção garanta um passaporte para participar na Eurovisão, houve duas situações em que artistas madeirenses venceram o certame nacional, mas acabaram por não representar Portugal no estrangeiro.
Em 2020, Elisa conseguiu o primeiro lugar no Festival da Canção com “Medo de Sentir”. No entanto, a pandemia da Covid-19 levou ao cancelamento do eurofestival nesse ano.
Como lembrou o jornal JM Madeira, 50 anos antes, em 1970 o funchalense Sérgio Borges também venceu o Festival da Canção, com a canção “Onde vais rio que eu canto”. Mas nesse ano Portugal boicotou a Eurovisão, recusando-se a participar no concurso depois de no ano anterior ter havido um empate no 1.º lugar entre Países Baixos, França, Espanha e Reino Unido, com os quatro países a serem declarados vencedores.
_____________________________
Avaliação do Polígrafo: