“Em Alverca, mulher conta que houve uma tentativa de um homem explodir a estação de comboios“, destaca-se num tweet de 2 de dezembro, questionando sobre se “existirá algum motivo para os meios de comunicação [social] tradicionais não darem cobertura à situação”.
Exibe um breve clip de vídeo em que uma rapariga conta o que terá visto na estação de comboios de Alverca, nesse dia: “Foi um rapaz que se meteu nos elevadores da estação, tipo com uma bilha de gás, qualquer coisa com gás, basicamente para tentar explodir com aquilo. Estavam a tentar tirá-lo do elevador. Não sei qual é o desfecho desta história.”
Ao contrário do que se alega no tweet (e não no vídeo), publicado às 21h52m, o desfecho da história e a descrição do sucedido foi amplamente noticiado pela generalidade dos órgãos de comunicação social portugueses logo no dia 2 de dezembro.
“Um homem barricou-se com uma bilha de gás, esta segunda-feira, num elevador da estação de comboios de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, depois de ter discutido com a namorada. O suspeito foi, entretanto, imobilizado pelas autoridades e a circulação de comboios retomada”, informou o “Jornal de Notícias”, às 15h53m.
“Homem barrica-se com gás para explodir a estação da CP de Alverca mas fica inanimado ao inalá-lo. PSP retirou dezenas de pessoas da estação e a circulação de comboios foi interrompida”, destacou o jornal “Correio da Manhã”, às 15h46m.
“Um homem, que ameaçava fazer explodir uma bilha de gás, barricou-se na tarde desta segunda-feira na estação de comboios de Alverca, no concelho de Vila Franca de Xira, e obrigou à interrupção da circulação ferroviária na estação durante cerca de uma hora. Em declarações à Renascença, a subcomissária da Polícia de Segurança Pública (PSP), Ana Raquel, adianta que o alerta foi dado pelas 13h30 e que o individuo se tinha ‘forçado no interior de um elevador e que tinha na sua posse uma botija de gás e um isqueiro, após uma discussão com a namorada‘”, reportou a rádio Renascença, às 16h40m.
Entre várias outras notícias publicadas ou difundidas poucas horas após o “alerta” das autoridades. E muitas horas antes do tweet em que se alega – falsamente – que a comunicação social terá escondido o caso.
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