Estar entre as 24 finalistas da sua disciplina olímpica é, pelo menos até 1 de agosto de 2024, o momento mais alto da carreira de Filipa Martins. Fez melhor do que 43 competidoras na qualificação (17.ª entre 60) e conseguiu um inédito lugar na final para Portugal.
Aos 28 anos, a ginasta da Maia tem um percurso bastante preenchido, tanto no plano da participação em competições do mais alto nível como no das lesões que a atingiram. Além de Paris 2024, conseguiu apuramento para os dois Jogos Olímpicos (JO) anteriores: Rio de Janeiro 2016 e Tóquio 2020, sempre nas disciplinas da ginástica artística.
Em toda esta caminhada, Filipa Martins teve de ser submetida a cinco intervenções cirúrgicas, uma ao tornozelo esquerdo e quatro ao direito. E uma delas foi justamente em 2016, pouco tempo depois dos JO e por causa de uma lesão contraída em abril desse ano.
Assim, a ginasta competiu mesmo lesionada naquela edição dos JO, onde conseguira a até então melhor classificação de sempre no “all around” (37.º lugar).
Mas qual a extensão da lesão?
Em declarações ao site Maisfutebol, em setembro de 2016, no rescaldo dos JO, Filipa Martins não escondeu o sacrifício que fez: “(…) Só o estar lá já é um passo muito grande porque já fui para o apuramento mal e foi uma vitória ter conseguido fazer este processo todo até aos Jogos Olímpicos. Fiz os Jogos Olímpicos praticamente com um pé partido. Era uma lesão que eu tinha desde Abril, por isso, conseguir lá estar e acabar a minha prova foi quase como ganhar uma medalha de ouro, porque depois do primeiro aparelho não conseguia sequer andar. Foi mesmo preciso gerir o estado psicológico e físico com a minha treinadora.”
Segundo o programa oficial da final, Filipa Martins será hoje a 18.ª ginasta a entrar em prova. Fará, da primeira para a quarta rondas, respetivamente, as provas de trave, solo, saltos e paralelas assimétricas.
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