Pela quarta vez na sua longa carreira, Rui Costa participa nos Jogos Olímpicos (JO), a competição que divide com o Campeonato do Mundo de Estrada o trono das provas de ciclismo realizadas num só dia. Em 2013, o atleta de 37 anos sagrou-se campeão do mundo (Itália), naquela que foi a maior vitória do ciclismo português, mas nos JO nunca arrecadou uma medalha.
Ao longo dos anos, o estatuto de campeão do mundo não tem sido confirmado na prova olímpica. Ambas as provas nem sempre aparecem como prioridade para os ciclistas de topo, que concentram as suas atenções em competições disputadas ao longo de vários dias e com diferentes tipos de altitude, em especial as voltas à Itália, Espanha e França. Acresce que, no calendário, o Tour (antes ou até durante) e La Vuelta (depois) estão junto às olimpíadas, o que obriga os corredores a optar entre as chamadas provas anuais de calendário e os JO.
Mas será que um campeão do mundo nunca conseguiu depois ser medalha de ouro no ciclismo de estrada?
Realizaram-se até hoje 90 edições do Campeonato do Mundo (competição anual) e 21 edições dos JO com a prova de estrada. Na esmagadora maioria delas, o campeão do mundo não conseguiu ser campeão olímpico (em várias delas tão pouco competiu neste evento), mas há uma exceção: o holandês Hennie Kuiper. O ciclista conquistou a medalha de ouro em Munique 1972 e venceu o mundial em 1975, realizado na Bélgica.
Refira-se que há dois outros ciclistas que acumulam no seu palmarés dois títulos, mas sagraram-se primeiro campeões olímpicos e só depois campeões do mundo, ou seja, não arrebataram o ouro já com o estatuto e o peso de ser campeão do mundo. Ambos são italianos, Ercole Baldini – ouro olímpico em Melbourne 1956 e campeão do mundo em 1958 (França) – e Paolo Bettini – primeiro lugar em Atenas 2004 e campeão mundial em 2006 (Áustria) e 2007 (Alemanha).
A prova de hoje tem a distância de 273 quilómetros e coloca em competição 90 ciclistas de 54 países (+ Equipa de Refugiados).
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