“Testou positivo para coronavírus? Para qual coronavírus? Hcov-229 E? Hcov OC43? Hcov-NL63? Hcov HKU1? Sars-Cov? Mers-Cov? Sars-Cov-2? No corpo humano podem existir estes coronavírus. O teste PCR deteta qualquer um deles, sem distinção, mesmo que não seja recente porque deteta os restos virais. Os primeiros quatro são as constipações comuns. Na televisão ninguém diz ‘positivo para o vírus X’, mas sim ‘positivo para coronavírus’. Mas qual? Esta é uma das razões pela qual tantos falsos positivos aparecem”, indica-se na publicação em causa.
Mas será verdade? Verificação de factos.
O teste PCR, um dos três utilizados para detetar a Covid-19, commumente conhecido por “teste da zaragatoa”, deteta o RNA (ácido ribonucleico) do vírus. Cada vírus tem um RNA diferente e uma sequência genética diferente.
Pedro Simas, virologista do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, sublinha que “a técnica PCR é completamente específica e distingue qualquer vírus”.
Neste contexto pandémico de Covid-19, é natural que se fale apenas do “coronavírus” sem especificar a estirpe. Pedro Simas explica que “quando se refere que alguém está positivo para coronavírus, na televisão por exemplo, subentende-se que se trata do SARS-CoV-2“.
Os coronavírus indicados na publicação existem, mas não é verdade que o teste PCR não seja capaz de os distinguir. Trata-se de uma alegação falsa.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é: